quarta-feira, 30 de março de 2011

Ambição exagerada


Paulo Henrique Ganso. Meia clássico, camisa 10 dinâmico. Sabe o que fazer com a bola nos pés, cadencia qualquer jogo com uma facilidade absurda e é um dos poucos jogadores do futebol mundial capazes de ditar o ritmo de uma partida sozinho. Tantas qualidades não poderiam passar despercebidas. Em 5 meses, a mídia nacional e internacional exaltaram o garoto de 21 anos de uma forma que não se via há bastante tempo. E com razão.

No início era apenas a sombra de Neymar em um time que voava em campo, mas Ganso rapidamente ganhou os holofotes e despertou o interesse de diversos clubes europeus. Impressionados com o talento do camisa 10 do Santos, diversos representantes vieram ao Brasil observar de perto o jogador. Foi nesse período, que a imprensa mundial noticiou seu futebol como nostálgico.

Zidane, Rivaldo, Cruyff. As comparações feitas no início de 2010 podem até não terem sido tão precoces assim, mas ajudaram a balançar a cabeça do menino, que se perdeu com algumas declarações infelizes fora das quatro linhas. Paulo Henrique, porém, continuou mostrando desenvoltura com a bola nos pés e virou o queridinho do país depois de uma atuação antológica na final do Campeonato Paulista de 2010.

Foi o suficiente para ter seu nome aclamado para ir à Copa. Não foi, e aí começou a se complicar. Talvez pelo fato de não ter um bom acompanhamento fora de campo? Não sei. Mas a declaração de que ele "cabia lá" após o primeiro jogo da Seleção na África do Sul foi de uma tremenda falta de caráter. Ganso não tem metade da quilometragem de estrelas do futebol brasileiro, que não foram convocados, mas que ficaram de bico fechado. Se fizessem isso com ele hoje, convocado, tenho certeza que o mesmo acharia anti-ético.

Meses se passaram e o jogador sofreu uma séria lesão no joelho que o afastou dos gramados por 6 meses. Durante o período de recuperação, Paulo Henrique não foi procurado pela diretoria do Santos para discutir a renovação de seu contrato, fato que já havia sido combinado anteriormente, pouco antes de sua contusão. Quando se recuperou, foi à mídia mais uma vez e pisou na bola. Ganso pediu aumento pelos serviços prestados ao Santos e alegou que o clube não o valorizava como deveria. Uma facada por trás em uma instituição que sempre o tratou tão bem, dando-lhe tratamento vip durante os 6 meses em que se recuperava, sem render nada ao cofres do clube.

Agora a pergunta é, aumento por que? Porque você fez uma boa fisioterapia? Pera lá, né, tudo tem limite. O dia em que o clube formador for mais valorizado, o futebol vai ser muito mais bonito de se ver e os jogadores vão se desenvolver de forma muito mais eficiente. Mas para isso, é preciso trabalhar a cabeça desses garotos, que parecem não ter acompanhamento profissional.

Ganso é a prova disso. É craque? É, demais, mas é mimado. Provavelmente não é bem assessorado e ainda vai ralar muito por conta disso. Está forçando sua saída do Santos de forma errada. Vai sair manchado, com a imagem arranhada e em direção a um destino que será uma incógnita. Ou você acha, garoto, que você vai chegar na Inter de Milão e bancar um tal de Sneijder?

Dê tempo ao tempo, continue jogando seu futebol que você vai longe. Talento tem, só precisa trabalhar um pouquinho a cabeça. E nesse caso, não dá nem para culpar seu clube, Ganso. Eles lapidam bem suas jóias e você é apenas mais uma delas. Não jogue seu futuro no lixo, e lembre-se: Você é a maior revelação brasileira dos últimos 10 anos. Faça por onde.

terça-feira, 29 de março de 2011

Um clássico para Turim Sorrir

A "vecchia signora" atualmente amarga a sétima posição do Calcio. Depois do escândalo da Série A italiana, na temporada 05/06, a Juventus não faz uma boa temporada. Subiu no ano seguinte ao Calciopoli, mas as contratações não se encaixam, os ídolos envelhecem, a vaga da Champions League parece sempre distante e o time não briga mais por títulos. Seu rival de velha data, o Torino, hoje está na Série B. Um dos melhores times italianos já vistos. O melhor da década de 40, que infelizmente acabou em um trágico acidente aéreo (sua última conquista importante foi a Copa Itália em 1993).

O clássico de Turim acontece poucas vezes atualmente e o futebol de hoje não representa os grandes embates de antigamente. Mas nessa última semana o "derby della more", como é conhecido o confronto entre as duas equipes, aconteceu por uma causa beneficente. Para colocar uma saborosa cereja em cima do bolo, os craques do passado mataram as saudades de bianconeros e cuores. Exibiram a qualidade marcante de suas carreiras e fizeram uma grande festa.

O jogo não teve um ganhador, mas acredito que, pela partida em si, todos os presentes no estádio Olímpico de Turim saíram vitoriosos. O placar de 2 a 2 mostra que teve emoção para os dois lados. O Toro abriu o placar com o maestro Júnior, ídolo também do Flamengo, e ampliou no inicio do segundo tempo com Lentini. A Juve, mesmo sofrendo um revés logo na volta do intervalo, reagiu após uma bela triangulação de Davids, Zidane e Nedved completando de calcanhar para a rede. A jogada fez qualquer bianconero sorrir de orelha a orelha. De peixinho, Porrini selou o resultado. Um empate mágico em Turim, não só com gols, mas também com classe, habilidade e técnica de todos os jogadores durante a partida. Um presente aos amantes do esporte, por mostrar o romantismo de um futebol bem jogado, cada vez menos visto hoje em dia.

Uma placa curiosa na torcida da Juve merece ser destacada “Avete impegni per domenica?” A tradução seria uma pergunta, para saber se os craques tem compromissos no Domingo, dia de mais uma rodada do campeonato italiano. Não custa nada perguntar.




Agradeço aos amigos do BNR, pelo convite feito!
Abraços, 

Otávio Rodrigues

segunda-feira, 28 de março de 2011

Ambiente leve e agradável

Foto: EFE


Assim pareceu (ao menos) uma tarde onde as câmeras se voltaram para os próprios jornalistas. Não quero prender a atenção para o fato de José Mourinho ter atacado de goleiro durante uma pelada no CT do Real Madrid. Até porque o fato já foi enfatizado pelo ótimo blog Brasil Mundial FC. Gostaria apenas de ressaltar a importância de uma boa relação com a imprensa por parte do técnico português. Convocar profissionais de comunicação que cobrem o dia-a-dia do clube é mais do que uma atitude de caráter obrigatório. É puro bom senso e ética, que defendem uma boa relação profissional com os jornalistas. Mas é claro que os jornalistas metidos a sabe tudo e os adoradores das crises inventadas merecem um cartão vermelho antes mesmo de entrarem em campo.



Veja a matéria no Globoesporte.com.

domingo, 27 de março de 2011

100


Título bastante óbvio né?! Mas creio que não tenha como fugir disso e nem porquê fugir disso. Na tarde de hoje, como os fãs de futebol já devem estar sabendo, o goleiro Rogério Ceni entrou mais uma vez para a história do futebol brasileiro e mundial. No jogo entre São Paulo e Corinthians, o arqueiro tricolor fez seu centésimo gol e alcançou um feito memorável.

Hoje pela manhã quando estava no trabalho, entrei no site da Folha de São Paulo e li algo que me soou totalmente verdadeiro." Os 100 gols de Rogério equivalem por 1000 gols de um jogador de linha." Concordo plenamente com as palavras do jornalista PVC.

O feito que Ceni conseguiu no clássico de hoje é digno de placa, festa, comemoração e digna de um MITO, que é o que o goleiro são-paulino é. Se fora das quatro linhas, o camisa 01(que acabou virando sua marca registrada) não agrada à todos, talvez por falar sempre o que pensa e ser questionador até demais. Dentro de campo é inegável seu talento. Goleiro de raríssima competência e regularidade, confesso que Ceni foi um dos melhores goleiros que eu vi e vejo jogar. Se posiciona bem, tem ótima saída de bola e o mesmo reflexo de quando ainda era um garoto.

Obviamente, que ele também falha como qualquer goleiro e como qualquer ser humano, mas os altos em sua carreiras são tantos que creio ser impossível enxergar baixos. O mito tricolor mesmo não tendo feito carreira na seleção, conquistou o respeito e o reconhecimento de todos os brasileiros pelos seus serviços prestados ao esporte. Se por um lado, a seleção canarinho nunca tenha dado muitas chances ao goleiro, o povo brasileiro o acolheu e sobretudo, a torcida do São Paulo.

Eu poderia escrever um livro sobre os melhores momentos da carreira de Rogério Ceni que ainda sim seria pouco. São tantos títulos como Brasileirões, Libertadores, Mundial, Estaduais que este multicampeão dispensa comentários mais aprofundados. Se Ceni é o melhor goleiro do mundo, não sou eu quem sei a resposta. Pode não ser tão plástico quanto Júlio César, frio como Marcos e explendido quanto Buffon, mas o certo é que o experiente goleiro merece muito o respeito de todos.

Fica aqui meu agradecimento e minha pequena homenagem ao recordista Rogério em nome de toda equipe do Blog na Rede, e que você ainda dê muitas alegrias aos seus fãs e aos amantes de futebol. Parabéns pela sua marca e que você continue sendo protagonista de muitos pesadelos dos atacantes.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Para voltar a sorrir


O Flamengo disse não. O Corinthians diz sim, cruzando os dedos. Os rubro negros se desesperam, os corinthianos também. A novela Adriano começa a ganhar contornos decisivos e parece se encaminhar para um final feliz para o lado alvinegro. Mas será feliz mesmo? Depois de 10 meses de sua vida jogados no lixo, um dos heróis do hexacampeonato brasileiro conquistado pelo clube carioca em 2009 volta ao Brasil com o mesmo discurso de dois anos atrás, mas sem a mesma motivação. O "Pacote Imperador", como muitos chamam por aí, vem composto por gols, luta, mas também por falta de compromisso e mimo. Junta-lo a uma instituição tem seus prós e contras além de deixar uma dúvida no ar: vale a pena?

Para Luxemburgo, não. O técnico (e manager wannabe) rubro negro bateu o pé. Não quis e deu seus motivos para tal. A OLK deu total apoio e afirmou que não pagaria o salário do jogador. Dentro do clube, alguns diretores eram a favor, e outros contra. O conselho estava dividido e nem a conciliadora Patricia Amorim conseguiu intervir. Todos são gratos por 2009, mas Adriano manchou a imagem do clube no ano seguinte. A patrocinadora teve prejuízo, aprendeu a lição e não quer mais sua marca vinculada ao jogador.

Já no Corinthians, a história é diferente. Tite deu o aval e Andrés vê em Adriano uma peça chave na retomada do marketing que pareceu ficar desgovernado com a saída de sua principal peça, Ronaldo. O time do Parque São Jorge não precisa de um camisa 9, isso é fato. Liedson vem dando conta do recado com maestria e está tendo um início de temporada impressionante. Mas, a força do seu nome , segundo o presidente do clube, não é a mesma do Imperador. Nos bastidores, fala-se que o clube está atrás de uma imagem forte para representar a marca, exatamente o contrário do pensamento rubro negro.

Dentro das quatro linhas, Adriano é de outro mundo. Um dos maiores atacantes que eu já vi jogar. Forte, rápido, possuidor de uma técnica rara e com um poder de decisão invejável. Um jogador completo que foi destaque em todos os times que passou, exceto a Roma. Porém, não acredito que isso possa ter sido um indício de uma decadência profissional, afinal, ele está cansado de mostrar que com a cabeça no lugar é titular de qualquer time do planeta, sem nenhum exagero. Talvez seja por conta disso aliado à falta de um camisa 9 de peso no elenco, que parte da torcida do Flamengo considere inaceitável uma recusa ao jogador, ainda mais após o ano de 2009.

A outra parte apoia Luxa e a diretoria. Pela primeira vez em muito tempo que o rubro negro carioca tem buscado tomar um rumo sério e coerente. O profissionalismo que foi deixado de lado durantes vários anos, volta com força total em 2011. A ideia é recuperar a imagem do clube e implementar um bom modelo de administração que faça o torcedor esquecer a bagunça que era anteriormente. Luxemburgo chegou e cobrou containers no CT, treino integral e punição severa para casos de indisciplina. Pode parecer brincadeira, mas a questão é séria quando o clube notifica que Adriano não se encaixa na atual filosofia do Flamengo. Ele pode até se esforçar no início, mas com o passar do tempo os mesmos problemas voltam a assombrar o Imperador, que sabe que esta talvez seja a última chance de mudar sua imagem.

Caso parecido aconteceu em 1995. Luxemburgo era o técnico no centenário do clube em um ano que prometia muito. Investimentos foram feitos a fim de recolocar o Flamengo em evidência no cenário nacional. Foi então que o presidente da época, Kleber Leite, quis trazer Romário contra a vontade de Vanderlei, que acabou brigando com o baixinho e abandonou o barco após o Estadual.

O rubro negro carioca fez um ano pífio e manchou o centenário. De 1995 para cá, quem ganhou mais, Luxa ou Romário? Pois é. E sinceramente, nada impede que isso aconteça caso Adriano venha para o Rio. É tudo uma questão de hierarquia. Precisa haver respeito e profissionalismo, coisa que alguns não tem, ou pelo menos, não demonstram.

O Flamengo não quer, e mesmo se ele acertar com o clube, o clima não vai ser muito bom lá pela Gávea. A pior coisa do mundo é não se sentir a vontade em um lugar que você precisa estar. Ninguém ganharia com isso, nem Adriano, nem o time e nem a torcida. O São Paulo também não quer, pois sabe o que virá junto com ele, ao contrário do Corinthians que ainda acredita na recuperação do Imperador. O curioso é que boa parte da torcida do alvinegro é contra a chegada do jogador, por conta do seu histórico, enquanto boa parte da torcida rubro negra é a favor. Qualquer que seja o seu destino, Adriano merece ser bem tratado e dar a volta por cima.

"Bando de Loucos", se ele se juntar à vocês, tenham paciência. Nação, dê tempo ao tempo, o Flamengo pode ter feito besteira como pode ter acertado em cheio. Só vamos ter certeza da contratação que foi feita daqui a alguns meses, quando os resultados começarem a aparecer. Até lá, seus súditos esperam com um pé atrás.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Dois tiros

Tiro no pé. O que vale mais a pena? Manter um acordo verbal (o que no futebol, de nada vale) por três meses e depois contar com Abel Braga, ou ter Joel Santana desde já? Na situação com a qual vive o Fluminense, eu diria que a segunda opção cairia como uma luva. O tricolor das Laranjeiras beira o abismo e necessita de soluções imediatas. Esperar até o meio do ano é dar um passo para o lado e se jogar nesse precipício.

Para o amigo escritor deste post, a solução perfeita, que surgiu em momento mais do que oportuno é mesmo Joel Santana. O técnico possui um espírito guerreiro (espírito esse que tem faltado ultimamente à equipe que fugiu do rebaixamento em 2009 e conquistou o titulo brasileiro em 2010). Bravo e motivador, Joel, na minha humilde opinião, teria grandes chances de espantar a má fase nas Laranjeiras e ainda sonhar com uma vaga na Libertadores, o que não é tão impossível assim.

Por favor, tricolores leitores do Blog na rede, não interpretem esse post como uma crítica a Abel Braga, de quem sou fã. Sei o quão grande é a sua carreira e a sua importância na área técnica de qualquer clube. “Abelão” é bom, mas não é pra já. E esse é o real problema do time tricolor, que enfrenta, hoje, o desafio de seguir vivo na competição sul-americana. E esse desafio é grande. Grande como um grito motivador de Joel Santana.
 
Tiro para o alto. O Botafogo ontem encerrou o vínculo do papai Joel com o alvinegro. O técnico chegou no início de 2010, conseguiu espantar a má fase do clube e o levou ainda à conquista da Taça Guanabara. Sei que, no futebol, são os resultados quem mandam nos contratos com os treinadores. Mas a torcida botafoguense não teve paciência e pecou ao jogar toda a culpa do fracasso no início de temporada no técnico.

Seu planejamento em conjunto com a diretoria não foi bom o suficiente para compor um elenco de boa qualidade técnica, principalmente no meio-campo. A equipe não tem rendido e Joel fez o que pode. O torcedor pecou em cobrir de vaias, xingamentos e culpa o técnico, que pediu pra sair. Restou ao Botafogo apostar em Caio Júnior, que chega das arábias para tentar colocar um ponto final no fracasso alvinegro.

Mesmo após decepcionar em 2008 com o Flamengo, Caio Júnior tem chances de se redimir e mostrar que é um profissional qualificado. Mas isso, só o tempo e os resultados dirão. Por ora, essa é só mais uma aposta da diretoria de General Severiano. Um verdadeiro tiro para o alto. E que o torcedor reze para que esse tiro não caia na própria cabeça...

terça-feira, 22 de março de 2011

The Bulls are back


Na década de 90 não havia time páreo para eles. Com Michael Jordan, Scottie Pippen e Dennis Rodman, o Chicago Bulls encantou o mundo e colocou o basquete norte-americano num patamar ainda maior do que já era. Todos paravam para ver "Air Jordan" jogar e os Bulls eram impossíveis de ser batido. Após o fim do ciclo destes brilhantes jogadores e muitos anos sem títulos e bons resultados, o Chicago Bulls está de volta.
Na temporada 2010/2011, o time com mais torcida fora dos EUA,vem dando show e promete brigar por mais um título da NBA. Liderados por Derrick Rose, o time do treinador Tom Thibodeau é o líder da Conferência Leste ao lado do Boston Celtics e chegará aos playoffs da competição como forte candidato ao título da Conferência e por que não da NBA?!
Com uma excelente campanha de 50 vitórias em 69 jogos, os Bulls definitivamente voltaram a figurar entre os "times fortes" da Liga. Já citei os craques do passado e agora chegou a vez de falar sobre os craques(ou futuros craques?!) do presente.
O time titular é composto por Derrick Rose(forte candidato a MVP da temporada),Ronnie Brewer, Luol Deng, Carlos Boozer e Joakim Noah. Um ótimo time no papel e também fora dele. Rose com apenas 22 anos, vem se firmando a cada jogo que passa como um craque das quadras. Com ótima visão de jogo, o armador tem um ótimo aproveitamento da linha de 3 pontos e é um dos líderes quando o assunto é assistência.
Juntando o talento do camisa 1 com o dinamismo e talento de Luol Deng e Brewer, o time de Chicago tem um dos mais times mais fortes fora do garrafão. Já dentro do garrafão, confesso que mesmo com bons números não sou fã de Noah e Carlos Boozer apesar de ser um jogador que ajuda muitos defensivamente nos rebotes e pontua bem, é muito inconstante.
Juntando este quinteto titular com o jogador/galã Kyle Korver, Boggans, Kurt Thomas e o turco Asik, o time do milionário Jerry Reinsdorf tem um dos elencos mais fortes da NBA. Os favoritos ao título para mim são Los Angeles Lakers, Miami Heat, Boston Celtics, Dallas Mavericks, Oklahoma e Chicago Bulls. Garanto que o Chicago tem melhores suplentes em seu banco do que a maioria destes times e isto pode fazer diferença na reta final da competição.
Agora é esperar chegar os playoffs e acompanhar de perto o time de Derrick Rose e cia. Se não forem campeões, acredito que ao menos cheguem à uma final de conferência. O que não pode se negar é que de fato, " THE BULLS ARE BACK".

domingo, 20 de março de 2011

O lado ruim da imortalidade


Até que ponto uma fama pode prejudicar um time de futebol? Mesmo quando ela é positiva na teoria, todo o ideal por trás muitas vezes prejudica uma equipe em momentos decisivos. O Grêmio é um dos clubes mais tradicionais do Brasil e carrega junto com si, o rótulo de "Imortal". O tricolor gaúcho, de fato, já conseguiu algumas façanhas dignas de roteiro hollywoodianos, mas ultimamente esta reputação tem lhe custado caro.

No ultimo dia 9, a equipe comandada pelo técnico Renato Gaúcho conquistou o primeiro turno do campeonato regional, após vencer o Caxias na disputa de pênaltis. A partida ficou marcada pelos oito minutos de acréscimo que o árbitro resolveu aplicar no final do segundo tempo. Curiosamente, o Grêmio, que chegou a estar perdendo por 2x0, buscou o empate aos 50 minutos, em um arremate chorado de Rafael Marques, após dividida dentro da área.
O empate, que parecia improvável, se tornou realidade da forma que a torcida tricolor mais gosta, com sofrimento e raça. A maneira como a partida se desenvolveu ganhou ares dramáticos e deu ainda mais sabor à vitoria gremista. A tal "imortalidade" fora posta à prova e correspondida. O atual campeão gaúcho se manteve vivo até o final, levantou o caneco e provou que é favorito ao bi campeonato. Mas, precisava de tudo isso?

A diferença técnica entre a equipe do Grêmio e a do Caxias é grande. O nível de qualidade dos dois times grandes de Porto Alegre é muito superior ao das outras equipes que fazem parte do campeonato do Rio Grande do Sul. Não há necessidade de sofrimento para vencer uma equipe desse escalão, ainda mais da forma que aconteceu, com muita gente questionando a polêmica atuação do senhor Márcio Chagas da Silva, árbitro da final.

Caso parecido ocorreu quarta-feira, em partida válida pela fase de grupos da Taça Libertadores da América. O tricolor gaúcho viajou até o Peru para encarar o limitadíssimo León de Huánuco e saiu de lá apenas com um empate. O time tentou, criou oportunidades, mas faltou o gol. Talvez, com um pouco mais de vontade, o Grêmio desembarcaria em Porto Alegre com os 3 pontos e a classificação praticamente garantida.

Uma partida que tinha tudo para ser tranqüila ganhou ares dramáticos, mais uma vez. Pela fama de superação novamente? Talvez, mas o que ficou claro é que Douglas, Carlos Alberto e cia perderam uma ótima oportunidade de ganhar moral para o resto da competição. Já o rival Internacional, não tomou conhecimento dos bolivianos e aplicou uma sonora goleada, fora de casa. 4x1 e belíssima atuação.

Não é a primeira vez que o Grêmio se complica em uma competição por se apegar muito no tal apelido dado por sua torcida. Cada com sua história, cada um com seus ídolos e momentos marcantes, mas há limites. As vezes, é preciso deixar de lado o passado para poder brilhar no futuro. Desde 2001 que o tricolor gaúcho não conquista um título importante, porém, alguns gremistas juram que isso não faz falta. Afinal, segundo eles, seu time é imortal e lhes dá orgulho freqüentemente com algum fato antológico, pois é nisso que o Grêmio se resume. A Batalha dos Aflitos mudou muito a cabeça de alguns torcedores, ao meu ver, para pior. Acorda esse time, Renato, não dá para confundir o termo "copero y peleador" com sufoco.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Reta final


Nesta sexta-feira, foram sorteados os confrontos pelas quartas de final da Liga dos Campeões. Restam 8 times e ao meu ver, apenas 6 destes tem reais chances de título. Não vejo como o Schalke 04 e o Shakhtar Donetsk serem campeões desta competição, apesar das ótimas campanhas que estas equipes vem fazendo. Mas chega de lero-lero e vamos ao que interessa. Farei uma análise dos confrontos e irei apontar meus favoritos:

Real Madrid x Tottenham Hotspur:

O time de José Mourinho chega bastante confiante às quartas-de-final da Champions. Após ter enfrentado e passado pelo fantasma das oitavas-de-final, vejo o Real Madrid como um dos favoritos ao título da competição. Conta com um sistema ofensivo fortíssimo onde se destaca o craque Cristiano Ronaldo e o habilidoso meia Angel DíMaria. Vale lembrar que os madrilenhos estão na final da Copa do Rei, em segundo lugar no Campeonato Espanhol e nas quartas da Champions. Por que não sonhar com a tríplice coroa?
Agora, vamos ao Tottenham. O time que foi a surpresa da primeira fase ao bater a equipe da Internazionale chega com status de time forte a este confronto. Contando com uma ótima equipe e com jogadores habilidosos, o técnico Harry Redknapp chega muito otimista para as quartas. Ao passar pelo Milan nas oitavas, os Spurs mostraram que podem sim surpreender e por que não sonhar com o título?
Minha aposta: Apesar do bom momento do Tottenham, aposto no Real Madrid

Chelsea x Manchester United:
Não gosto do futebol apresentando por ambas equipes. Jogam um futebol feio demais, porém extremamente eficiente, não te como negar. Os Blues chegaram às quartas, após passarem pelo fraquíssimo Copenhague e não vem demonstrando um futebol convincente nesta temporada. Fernando Torres que foi contratado a peso de ouro ainda não marcou e o destaque destes últimos jogos, tem sido o velho e bom Anelka. Não vejo como o Chelsea possa alcançar grandes voôs na competição apesar de ter um forte elenco.
De forma diferente, eu vejo a equipe de Ferguson. Os Red Devils estão mais do que acostumados com a Liga dos Campeões e para mim, é o grande favorito para este duelo.
Javier "Chicharito" Hernandez está voando e Rooney também. Vai ser difícil parar o Man United.
Minha aposta: Manchester United se classifica sem grandes dificuldades.

Barcelona x Shakhtar Donetsk:

O Barcelona chega como franco favorito após eliminar a forte equipe do Arsenal. Messi e cia formam indiscutivelmente o melhor time do planeta e o milionário Shakhtar não será páreo para o time de Guardiola. Confesso que gosto muito do futebol apresentado pelo time da gélida Ucrânia, talvez porque tem em seu elenco diversos jogadores brasileiros, mas não da para comparar o talento de William, Eduardo da Silva e Dougla Costa com o de Messi, Xavi e Iniesta. O Shakhtar está de parabéns pela ótima campanha que fez e merece todo o respeito do Barcelona. Mas não será desta vez que um time ucraniano chegará na semifinal.
Minha aposta: Barcelona se classifica apesar da boa fase do Shakhtar.

Inter de Milão x Schalke 04:

O time da Inter de Milão, treinado por Leonardo chega como forte concorrente ao título da Champions de 2011. A equipe neroazzurri passou pelo time do Bayern nas oitavas em dois confrontos maravilhosos. Contando com Eto'o em ótima forma e Sneijder e Pandev muito bem, creio que o time italiano não terá dificuldades em passar pelo time de Raul, Farfán e cia.
Se o time bávaro conseguir arrancar um empate jogando em casa, já acharei um bom resultado.
Minha aposta: Inter de Milão se classificando à semifinal

E você, concorda ou discorda de minhas opiniões? Deixe um comentário sobre a reta final da maior competição interclubes do mundo. Afinal, já é reta final ...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sem freio!

Show e espetáculo. Para uns, no futebol, é fazer arte. Para outros, é apenas vencer. Frente à vitória, nessa noite de quarta (16), eu diria que o Flamengo venceu com espetáculo. Não por jogadas brilhantes ou por gols de placa. Mas por fazer o trabalho de quem tem craque e camisa. O trabalho que muitos clubes, mesmo com esses dois, não realizam.

Ronaldinho Gaúcho, é verdade, não joga o que jogou no Barcelona. Mas isso todos já deveriam saber, antes mesmo do craque se mudar para o Rio de Janeiro. Ou até para Milão. O que ele fez no clube catalão já não será repetido. O que não significa que o “Dente” não jogará um futebol magistral, muito melhor do que o nível brasileiro. Mas vamos ao que interessa! Mesmo sem jogar até o que já conseguiu em outras partidas pelo Flamengo, o meia participou dos três gols da vitória rubro-negra.

Vanderlei Luxemburgo pode ter demorado, mas creio que ele esteja encontrando seu esquema ideal (mesmo após sua equivocada comparação com o Barcelona[???]). O jogo de hoje mostrou que um atacante de ofício atuando ao lado de Ronaldinho deixa as coisas mais fáceis lá na frente. Renato Abreu também mostrou bom futebol e deixa claro o seu progresso.

Voltemos à partida em si! Engana-se quem pensa que os 3 a 0 foram fruto de uma partida de um lado só. O goleiro Felipe se esforçou para evitar gols do Fortaleza, que desde o início da partida deu trabalho à defesa da Gávea. O resultado foi suado, mas merecido. Mesmo com os trancos do time nordestino, o Flamengo mandou na partida e fez o dele: garantiu a classificação antecipada e se manteve invicto na temporada 2011. A equipe rubro-negra parece ter êxito em sua caminhada beirando os dois lados do mundo da bola: o futebol de resultado e o espetáculo acrobático da redonda. E essa, para o amigo que vos escreve, é a fórmula ideal de se conquistar títulos ao longo da temporada. Apertem os cintos, porque  o bonde está sem freio!

terça-feira, 15 de março de 2011

Agora vai . . .


Para aqueles que não acompanham o futebol a fundo, o sucesso de Bernardo com a camisa do Vasco pode causar certa estranheza. Mas não para os que seguem os passos dessa jovem promessa desde os tempos de Cruzeiro. Em 2009 com 17 anos de idade, Bernardo foi promovido aos profissionais da equipe celeste e mostrou muita personalidade logo de início.
O meia sempre foi tratado como uma jóia da base cruzeirense e seu sucesso nos gramados era certo para todos. Bernardo realizou 45 partidas pela equipe profissional do Cruzeiro e anotou 7 gols. Mostrou a costumeira habilidade com a bola nos pés, fez gols(inclusive de falta) e chamou atenção do país. Por motivos que até hoje ninguém explica; o garoto não foi aproveitado no time principal e acabou afastado até ser levado para o Goiás, clube no qual disputou o Brasileirão passado.
No Esmeraldino, Bernardo voltou a reencontrar(não sei se em algum momento chegou a perdê-lo) o velho e bom futebol que tinha na época de juvenil e juniores do Cruzeiro. Apareceu muito bem no Campeonato, dando assistências, driblando, marcando gols e foi um dos pouquíssimos a se safar da pífia campanha do time no campeonato.
Confesso que quando eu já estava quase deixando de acompanhar(afinal, priorizamos a Série A) o futebol dele, eis que o Vasco da Gama o contrata e evita com que Bernardo jogue um campeonato do qual sua habilidade não é compatível.
O time da colina fez uma ótima contratação ao apostar em Bernardo, já que o Vasco não vem formando elencos fortes nos últimos anos e o meia é bastante jovem e ainda tem muito a render e no que ajudar o time.
O "futuro craque", pode ser ousadia minha classificá-lo assim mas boto fé no seu talento, joga numa posição onde o futebol brasileiro está carente e foi um ótimo achado para reforçar o sistema ofensivo do time. Bernardo pode jogar como um legítimo camisa 10, já que tem talento e visão para isso, como também pode fazer a função de um meia que joga pelos flancos já que tem muita velocidade e bom drible.
Creio que com organização tática, um bom padrão de jogo e com Bernardo, Felipe e Diego Souza no meio de campo este time do Vasco tem tudo para dar liga. Agora, é focar na Taça Rio, na Copa do Brasil e entrosar este "novo" time cruzmaltino o quanto antes, afinal vem aí o "trem-bala da Colina".

segunda-feira, 14 de março de 2011

Isso aqui é trabalho


Três meses após a conquista do Campeonato Brasileiro, Muricy Ramalho pediu demissão do Fluminense. O técnico alegou a falta de boas condições para realizar o trabalho desejado como principal motivo de sua saída. Sempre acostumado com instituições bem organizadas estruturalmente, Muricy afirmou ter ficado espantado com alguns problemas do tricolor carioca, porém, esqueceu um pequeno detalhe. Seu salário, entre os técnicos, é o maior do Brasil. O tetracampeão brasileiro tira do clube, por mês, 800 mil reais. Toda essa movimentação das últimas horas reacendeu uma das maiores polêmicas no âmbito futebolístico do nosso país. Estrutura é realmente necessário? A resposta é: Sim. E muito.

Há quem diga que é obrigação dos jogadores jogarem com vontade e honrarem as cores que defendem. Só que também é obrigação da diretoria proporcionar um bom ambiente de trabalho para todos os funcionários do clube. É impossível ir longe no futebol atual sem planejamento, sem equipamentos modernos, sem vestiários bem cuidados e sem foco no trabalho e suas conseqüências. Sem esses ingredientes você não consegue se manter no topo tempo suficiente para ver seu trabalho dando o resultado esperado. Estrutura não ganha jogo, mas te dá campeonatos, no plural.

Claro que existem lampejos, mas todos são a curto prazo. Futebol é dinâmico, está sempre mudando e ganhando novos ares, novas formas de se organizar e de se atuar. A mudança é tão repentina que se não houver uma boa base por baixo, você se perde e vê seu clube em um beco sem saída. O Flamengo de 2010, o Corinthians de 2007 e Palmeiras de 2002 são alguns dos outros vários exemplos de equipes que foram vitoriosas em uma temporada e apresentaram imensa dificuldade de manter o trabalho períodos depois. O Fluminense 2011, segue o mesmo caminho.

Porém, é importante deixar bem claro: estrutura não é tudo, somente ela não te proporciona nada. E é aí que entra um dos fatores que muitos parecem esquecer que ainda existe, mas é decisivo, ganha campeonato e é uma das coisas mais bonitas do futebol: a força da camisa.

No Brasil, podemos citar Goiás, Atlético Paranaense e Vitória como os principais exemplos de que com boas condições de trabalho, mas sem camisa, não se pode almejar vôos mais altos. A equipe goiana e a paranaense se destacam pela excelente qualidade de seus centros de treinamento, um exemplo para qualquer clube da América do Sul. O baiano é um dos principais formadores de atletas do país, uma estrutura de base de dar inveja a muito clube europeu. Porém, em campo, não são mais do mesmo. Por outro lado, clubes com carência de estrutura, mas com tradição, são protagonistas no cenário nacional. Ou você acha que Flamengo, Corinthians, Vasco e Fluminense se destacam pela organização?

Por conta disso, o clube que consegue esse conjunto de tradição, CT, estádio e torcida estão sempre no topo. Internacional, Cruzeiro e São Paulo estão sempre fazendo boas campanhas, ano após ano, elenco após elenco, mudança após mudança. Há planejamento, há marketing, há base, há válvula de escape. É impossível imaginar uma temporada "desesperadora" de algum dos três.

Estrutura é necessária, sim. É um projeto a longo prazo, e engana-se quem acha que de um ano para o outro tudo vai estar resolvido. É preciso ter paciência e confiança na diretoria que promoveria a tal mudança no clube. Muricy, pelo visto, não tinha, e pulou fora. Deixou o clube na fogueira e praticamente eliminado da Libertadores, com convicção de que não iria muito longe pelo andar da carruagem. Agora, se o motivo foi realmente esse, são outros quinhentos, mas espero que essa saída sirva de alerta para muitos clubes por aí. Futebol não é mais brincadeira, modelos de 30 anos atrás não funcionam mais. "Isso aqui é trabalho, meu filho!" e nenhum resultado é imediato.

sábado, 12 de março de 2011

A corda bamba

Contra tudo e contra todas as expectativas, Muricy Ramalho já dá sinais de que seu cargo como treinador do Fluminense balança. O técnico chegou às Laranjeiras em  meio a um ano que parecia ser apenas mais um na vida dos tricolores. Seu status veio para apagar imagens de fracasso nos dois lados. O clube não via um título de expressão desde a Copa do Brasil de 2007 e acabara de viver uma experiência desastrosa no brasileirão de 2009. Muricy vinha de uma passagem conturbada no Palmeiras e pretendia reencontrar dias melhores. O que ninguém poderia imaginar é que no mesmo ano, o time tricolor seria campeão brasileiro.

Hoje, pouco mais do que 3 meses do triunfo, o técnico se vê sobre uma corda bamba. Muricy enfrenta uma linha de pensamento diferente, que surgiu com o grupo de Peter Siemsen, atual presidente do clube. Alem disso, não se pode deixar de comentar a péssima campanha, totalmente abaixo do esperado, na Libertadores da América. Cobrado jogo após jogo, o treinador começa a se aborrecer com as inseguranças por parte de imprensa e até torcedores sobre seu estilo de jogo, e agora bate na tecla de que o clube do Fluminense não possui estrutura.

Mas, para analisarmos o caso, vamos por partes: Pontos e contrapontos.

Pontos - Não acho que, aqui, o futebol deva ser exatamente como é na Europa, até porque isso seria uma vontade utópica. Mas creio que modelos corretos e bem sucedidos devam ser tomados como base para a construção de um futebol mais profissional em terras tupiniquins. (Para discutir mais isso, é melhor [re]ler o post "Trocando os pés pelas mãos"  que escrevi anteriormente). Acho correto Muricy Ramalho questionar as estruturas do Fluminense, visando a uma melhora de seu clube nas áreas carentes.

Como bem foi lembrado por um leitor do Blog na Rede, certa vez, Alex Ferguson chegou ao Manchester United em 1986, mas só saboreou seu primeiro titulo no ano de 90, ao vencer a Copa da Inglaterra. Imagine você se no Brasil um técnico dura 3 anos sem levantar um caneco... Sendo assim, seria besteira querer a cabeça de Muricy por uma campanha mal sucedida na Libertadores, convenhamos.

Contrapontos - Muricy Ramalho, com esse mesmo gramado das Laranjeiras e com a mesmíssima estrutura, liderou o Fluminense ao titulo brasileiro. Não defendo estruturas ruins, mas também não creio que as mesmas façam com que clubes que têm carência nesse setor não consigam conquistar títulos brasileiros. Vide o Flamengo, Campeão Brasileiro em 2009. Para mim, e acho que para o torcedor tricolor também, não é porque a participação do Flu na Libertadores anda com os dias contados, que Muricy deva falar isso somente agora. No mínimo, o momento pede atitudes melhores e mais apropriadas...

Muricy reclama da falta de um CT, que assombra o tricolor carioca. Mas o treinador sabe (ou deveria saber) como as coisas funcionam no cenário do futebol carioca e não adianta apenas apontar os erros. Isso, todos já conhecem. O que resta ao técnico é deixar de ser “apenas” o excelente treinador que é e virar uma espécie de manager, levantando pontos a serem discutidos e melhorados, visando à melhora dos mesmos. Mas, convenhamos também, esse não é o objetivo de Muricy. Ou melhor, se ao menos fosse, talvez seja tarde demais para alcançá-lo.

Atualização: Muricy Ramalho pediu demissão do Fluminense após o FlaXFlu deste domingo (13). Mas os pontos a serem debatidos são os mesmos. Cabe ao leitor tomar sua própria opinião e comentar. Afinal de contas, quem errou mais (ou, ao menos, quem errou) ?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Love is in the air


Vocês não imaginam a minha felicidade em estar escrevendo para vocês um post sobre basquete. Sou fanático por futebol, mas sempre joguei e tenho um carinho IMENSO pelo esporte da bola laranja. Pensei em milhares de pautas das quais poderia escrever sobre NBA, mas ontem a noite um fato valiosíssimo ocorreu e não posso deixar passar em branco. Mas chega de bla bla bla e histórias e vamos ao que interessa.

KEVIN WESLEY LOVE. Esse é o nome da fera! Jogador extremamente carismático(também com um nome desses) e eficiente. Ontem a noite, Kevin Love conseguiu o incrível feito de 52 duplo-duplos(dois dígitos em dois fundamentos diferentes) consecutivos e superou o lendário Moses Malone. Assim sendo, Kevin tornou-se o recordista em duplo-duplos consecutivos na era moderna da NBA(fusão da entidade com a ABA em 1976).
O jogo em si, não foi nada demais, até porque se tratava de um mediano Indiana Pacers contra o lanterninha da Conferência Oeste, Minessota Timberwolves. E um jogo desses JAMAIS merecerá lugar nos meus posts de basquete.

Mas o importante obviamente não estava nas equipes que se enfrentaram. Ou melhor está, e está em Minessota. Confesso que Kevin pode ser para muitos um jogador bom e ponto. Mas não para quem entende e acompanha basquete. O pivô dos Wolves, não é o mais alto da classe e está longe se ser o mais forte, mas então como explicar essa estupenda marca alcançada na noite de ontem pelo jogador?
Posicionamento e técnica, meus caros leitores. O jogador de 22 anos, tem uma extrema facilidade em se desmarcar dos brucutus que comandam o garrafão e não é a toa que a horrorosa equipe do Wolves, lidera o ranking quando o assunto é rebote, seja ele ofensivo ou defensivo.

O jogador tem um potencial fora do comum e espero que a diretoria do Minessota contrate para a próxima temporada jogadores dignos de serem companheiros de Kevin Love, Michael Beasley é muito pouco. O certo é que não demorará muito para começarem os playoffs da NBA e os amantes do bom basquetebol ficaram orfãos do reboteiro do amor. Não percam tempo e sigam os passos do pivô, afinal Love is in the air .

O Blog cresceu

Os fãs pediram, sugeriram, palpitaram, mandaram cartas, fizeram passeatas, organizaram abaixo-assinados e por fim conseguiram. O Blog na Rede não irá mais se restringir somente ao futebol. Agora sempre que possível e acharmos cabíveis de se tornar pauta, vocês poderão encontrar outros esportes aqui no nosso site.
Sei que muitos leitores do Blog, se interessam sobre futebol americano, tênis, vôlei e basquete, sobretudo NBA.
E é justamente da Liga Americana de Basquetebol que sairá o primeiro post do Blog na Rede sobre "outros esportes", como assim classificaremos basquete, vôlei, tênis e etc. Temos(eu, Leandro e Ricardo) notado o imenso número de jovens que começaram a acompanhar nesta temporada a NBA e não podemos deixar de relatar sobre esta fantástica Liga aqui no nosso Blog.
Portanto, logo mais(ainda hoje), vocês terão a oportunidade de ler o primeiríssimo post feito por mim sobre NBA. Amantes e fãs do futebol, quero que fique bem claro que o FUTEBOL, ainda é nosso carro-chefe e será sempre o tema principal do Blog na Rede. A ideia não é dar menos ênfase ao nosso querido futebol nem deixar de lado; o projeto é somente de agregar conteúdo ao site e oferecer a vocês nossos leitores, algumas notícias e matérias a mais sobre "outros esportes".
Creio que agora sim, nosso Blog na Rede está ainda mais encorpado e acordado com as demandas oferecidas pelos nossos leitores.


Abraços, Gabriel Carvalho
MEMBRO DO BLOG NA REDE

sexta-feira, 4 de março de 2011

O novo Nove

Desde a chegada de Liédson, o Corinthians vai, em boas passadas, espantando a má fase do primeiro mês na temporada. Após a aposentadoria de Ronaldo (já estava mais do que na hora), o presidente do clube, Andrés Sanchez, se viu forçado a encontrar um novo camisa 9 para a sua equipe, e o fez de maneira inequívoca. Nas primeiras cinco partidas, Liédson marcou sete vezes e não apenas superou seus próprios números da primeira passagem pelo clube, como bateu as marcas alcançadas por Ronaldo, no início de sua trajetória pelo Corinthians.

O momento não era dos melhores para uma reestréia. Após a precoce eliminação na Libertadores da América para o Tolima, e os conturbados processos de saída de Ronaldo e Roberto Carlos, o atacante de 33 anos vem brilhando e, aos poucos, trazendo de volta a alegria do torcedor corinthiano. E de Tite, por que não? O técnico, que balançava no cargo, agora tem motivos de sobra para levantar as mãos para o céu e agradecer pela vinda do atacante que deixou a equipe com muito mais mobilidade ofensiva e preencheu com categoria o espaço deixado por Ronaldo (se é que ainda existia algum espaço...).

Ponto para o Corinthians! Ou melhor, pontos. O novo camisa 9, com sua belíssima contribuição, ajudou o Timão a chegar à vice-liderança do Paulistão, e está somente atrás de Elano, do Santos, na briga pela artilharia do campeonato.