terça-feira, 30 de novembro de 2010

Procura- se um lateral-esquerdo


Que a seleção de futebol da Argentina é uma das melhores seleções do mundo, ninguém discorda. Nossos hermanos tem uma extrema facilidade(como nós), em revelar jogadores habilidosos e com futuros promissores. Messi, Tevez, Andújar, Agüero, Mascherano, DíMaria e Pastore são alguns exemplos de revelações feitas recentemente pela máquina de produzir bons jogadores chamada, Argentina. Todos esses craques que eu citei, tem muitas coisas em comum. São extremamente habilidosos, jogam no futebol europeu, fazem parte da seleção argentina e nenhum deles é lateral-esquerdo(!!!) É amigo, a terra de Don Diego tem um grande problema, e este problemão se encontra no flanco esquerdo do campo. Desde Sorín, que a albiceleste, sofre com esta deficiência de bons laterais esquerdos. É evidente e curiosa, essa situação. Pesquisei bastante sobre o passado de nossos hermanos, e percebi que com exceção do pequeno grande lateral Sorín, a Argentina nunca contou com grandes jogadores atuando pelo lado esquerdo de sua defesa. Quando conquistou sua primeira Copa do Mundo em 1978, o lateral-esquerdo era o Tarantini, jogador que era muito criticado na época pela imprensa local e oscilava bastante de rendimento. Já em 1986, quando conquistaram a Copa pela segunda vez, o jogador que ocupava o setor esquerdo da defesa, era o fraco(segundo fontes confiáveis) Oscar Garré. Isso nos leva a crer que essa carência de laterais, não é de hoje em dia. Por falar nos tempos de hoje, a situação argentina anda complicada. Na Copa do Mundo de 2010, Maradona(o então técnico), levou para a África do Sul como lateral -esquerdo(ele atua em seu clube como meia) titular, o pífio(e outros adjetivos parecidos) Jonas Gutierrez. O jogador do Newcastle United da Inglaterra, falhou bisonhamente diversas vezes na Copa, fazendo com que Dieguito, fosse muito criticado pela imprensa argentina por ter colocado Jonas como titular, de uma seleção que visava o título(que não veio).

Após o fracasso da Copa, com Maradona no comando, o agora técnico Sergio Batista buscou para a lateral esquerda, uma "solução" bastante conhecida dos argentinos; Gabriel Heinze. O jogador de 31 anos, é bastante experiente, mas não é um jogador que passa muita confiança para os torcedores argentinos. Heinze, é um zagueiro de origem, mas que devido a tal carência de jogadores na lateral esquerda de sua seleção, vira e mexe acaba jogando na ala esquerda, onde se firmou como titular do Olympique de Marseille.

O jogador já possui uma idade avançada, e na próxima Copa do Mundo estará com 35 anos, fato que pode lhe causar a ausência da Copa de 2014 no Brasil. Possíveis jogadores postulantes ao cargo de lateral- esquerdo da Argentina, são o jovem Emiliano Insúa do Liverpool e Shaffer do Benfica. Aposto em Insúa como o próximo jogador a ser testado neste setor pela seleção do técnico Batista, que desde Sorín, não sabe o que é ter um bom jogador ocupando esse lado do campo. Tomara que a promessa do Liverpool vingue, afinal . . . procura-se um lateral- esquerdo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pé na forma e mão na taça!



E o título do Brasileirão ficou cada vez mais perto das Laranjeiras. Acho difícil o Corinthians vencer e ainda assistir a um amargo tropeço do Fluminense. Mas é preciso cuidado por parte do tricolor. Ontem contra o Palmeiras, o time criou muitas oportunidades, mas não soube aproveitar nem metade delas, sem desmerecer, é claro, a ótima atuação do goleiro palmeirense Deola. A pontaria precisa ser corrigida, pois, na próxima e última rodada desse campeonato, não há espaço para erros. E qualquer bola fora pode decidir o caminho da taça.

Exemplo a não ser seguido. A torcida palmeirense, ontem, fez o que muitas torcidas fazem. É claro que estou generalizando. Mas me refiro aos torcedores que torcem contra o próprio time, apenas para não assistir à glória dos times rivais. Separemos as situações. Torcer contra já é algo que condeno. Agora, torcer pela derrota da sua equipe, xingar e até ameaçar os próprios jogadores por jogarem bola, são coisas absurdas de quem acha que torcer contra o adversário é mais prazeroso do que torcer pelo seu próprio time. E isso, para mim, é coisa de quem não gosta de futebol.
 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

É chegada a hora!


"Tiago, sei que posso ter lhe decepcionado diversas vezes este ano. Mas não tenho culpa pelas minhas constantes lesões. Sempre que pude, estive em campo e honrei a camisa do nosso Fluminense com lealdade e amor. Muitas das vezes em que joguei, eu não estava 100% e entrei em campo por amor ao futebol e acima de tudo, respeito a torcida tricolor, que me arrepia a cada coro de "O Fred vai te pegar!". Eu vou "pegar" sim, e junto comigo também "pegarão", o Conca,  Deco, Washington, Emerson e todo o restante dos guerreiros. Por que aqui, ninguém está afim de sofrer mais uma perda de campeonato e frustrar a torcida que tanto merece ser campeã. Todos estão com a faca nos dentes e pronto para as duas últimas batalhas. Vamos pra cima deles! Com respeito, obviamente, mas sabendo da nossa responsabilidade e contando com o apoio de todos os tricolores. O momento é de acreditar e ter fé. Nosso comandante,professor Muricy, sabe como poucos ganhar este campeonato, e chegou a hora dele ser campeão aqui no tricolor. Passamos por um 2009 complicadíssimo, onde quase fomos rebaixados, e só não fomos porque tivemos o apoio constante de vocês e somos guerreiros. A primeira batalha a ser vencida, será domingo contra o Palmeiras em Barueri. A cidade fica bem próxima do Rio de Janeiro, e você Tiago, se puder vá nos acompanhar junto com a massa tricolor que com certeza estará presente. Mas se não puder, pensamento positivo para todo o time e que vençamos e sigamos firme e forte na liderança deste tão disputado campeonato. Agora, contra o Guarani ... não tem desculpa tricolor, quero ver você presente no Engenhão. Última rodada do Brasileiro, jogo em casa e torcida tricolor confiante, não tem como deixar de estar presente. Meu recado e de meus companheiros está dado Tiago. Continuem confiantes, apoiando o time, gritando e torcendo que esse ano, Deus guardou um grande presente para a torcida tricolor. Só faltam duas rodadas para a torcida do Fluzão finalmente poder tirar da garganta o tão sonhado grito de :


Deixo você preencher o espaço, o torcedor tricolor merece ...



Para Tiago Pettersen,

Saudações tricolores do Fred "



Esta carta fictícia, foi o pedido de diversos amigos meus que se mostraram confiantes com o possível título tricolor e resolvi fazer em tom de homenagem, esta carta para eles. O "Fred" da carta, está bastante confiante e esperançoso com o desfecho do Campeonato Brasileiro. E vocês, torcedores do Fluminense?

Futebol-Empresa

De 1980 para cá, muita coisa mudou. A moeda, o mapa mundi, os presidentes, algumas leis, a maneira de se vestir, as gírias. Junto desse panorama de mudanças , o futebol também se encaixa, e muito. O esporte bretão se modificou bastante, principalmente fora das quatro linhas. O problema é que alguns clubes brasileiros estagnaram e parecem não ser adaptar a algumas novas tendências administrativas que surgiram por volta do novo século. Não é o caso de um ou outro. É o caso de praticamente todas as entidades futebolísticas (e algumas esportivas em geral) do nosso país.

O futebol não é mais o mesmo. A maneira de se gerar receitas sofreu modificações, os empresários ganharam poder e os clubes a cada dia que passa se tornam mais reféns da televisão. Porém, dois fatores permanecem intocáveis, o mesmo problema que na década de 80 podia ser facilmente tirado de letra, hoje em dia não pode mais. A falta de uma política esportiva e de um modo administrativo decente não permite um crescimento exponencial de nenhum clube brasileiro.

A modernização do futebol pareceu ocorrer apenas na Europa. A América do Sul ainda apresenta modelos administrativos defasados de mais de 20 anos atrás. Historicamente, os clubes se organizavam em associações sem nenhum fim lucrativo. O futebol no passado não era o que é hoje, não visava lucro.

O aumento da velocidade do fluxo de informações, aliado a novas tendências econômicas obrigaram os gigantes europeus a pensarem adiante. A geração de receitas e a valorização do nome passaram a ser prioridades. Para isso, muitos clubes do velho continente adotaram o modelo clube-empresa, como forma de buscar mais investidores para a associação. Um modelo, sério, profissional e muito bem visto pelo órgão público, graças a facilidade de fiscalização.

Manchester, Chelsea, Bayern de Munique são exemplos bem sucedidos desse modelo de gestão. Na Inglaterra, é bem mais comum. Muitos investidores vêem na terra da rainha, o futebol com um terreno mais bem preparado para adentrar nesse mercado. Mais recentemente, o Liverpool passou por essa mudança, totalmente desaprovada pelos torcedores.

Existem as exceções que confirmam a regra. Os gigantes Barcelona e Real Madrid não adotam o formato clube-empresa. A Espanha não permite este tipo de administração, por isso, o Estado tem participação incisiva na geração de receitas dos clubes do país. E na opinião deste humilde blogueiro, é a forma mais contundente.

No Brasil, houve tentativas. O Palmeiras foi vitorioso com a Parmalat, mas a parceria não seguiu adiante e custou um rebaixamento ao time paulista. Caso semelhante foi com o Corinthians, com a MSI e com Grêmio e Flamengo, com a ISL. Hoje em dia, vemos a Traffic em evidência nos noticiários esportivos pela sua atuação em diversos clubes e seus contratos com diversos jogadores. O conceito existe por aqui, ninguém é bobo. A questão é a confiança.

A tendência é que a conversão de clubes para clube-empresa continue. O sucesso é evidente e exemplos é o que não falta. A modernização do futebol não obriga nenhuma clube a seguir determinado modelo, mas ao mesmo tempo que não obriga, faz com que haja necessidade. Porém, nada pode ser realizado sem transparência por parte dos diretores e sem boa administração. Nada vai cair do céu. Futebol é uma caixinha de surpresa fora das quatro linhas também. É coisa de gente grande.

domingo, 21 de novembro de 2010

Reta final

É meus caros; o Brasileirão 2010 está chegando em seu fim. Faltam apenas duas rodadas para acabar esse disputadíssimo campeonato e para finalmente conhecermos o campeão. Assisti a diversos jogos este fim de semana dos campeonatos europeus, mas nenhum jogo me chamou atenção e me encheu os olhos. Por isso resolvi, escrever um resumão da 36° rodada do Brasileirão e deixar meus palpites para a próxima rodada(só para a próxima, não sou louco de dar pitacos na rodada decisiva). Abaixo seguem os resumos e palpites:

36° rodada

Flamengo x Guarani: Jogo bastante disputado como todos já esperavam. Dois times lutando contra a zona de rebaixamento num jogo que valia muito mais que 3 pontos. Muita luta das duas partes, oportunidade de gol e um Flamengo superior ao Bugre. Bom para os rubro-negros que com esses 3 pontos conquistados, se afastaram um pouco da zona da degola.

Grêmio x Atlético-PR: Jogão! Os dois times jogavam todas as suas fichas nesta partida. E o tricolor gaúcho foi quem levou a parada. Mesmo contando com um goleiro Neto inspiradíssimo, o Furacão não foi páreo para Douglas e cia. O camisa 10 gremista abusou de deixar seus companheiros na cara do gol, fez jogadas de efeito e ainda foi coroado com um gol. Furacão pelo visto, deu adeus ao sonho da Libertadores.

Prudente x Ceará: Um time rebaixado contra um que está esperando o campeonato acabar. Se esperava outra coisa além de um 1x1?

Botafogo x Internacional : Internacional com time de reservas. Jogando no Engenhão. Botafogo sonhando com a Libertadores. Inter vencendo ajudaria o rival Grêmio. Botafogo venceu, certo? ERRADO. Tem coisas que só acontecem com o Botafogo. O destaque do jogo, foi o quarto goleiro do Inter. Muriel fez defesas milagrosas e deixou bem distante a Libertadores do Fogão. O sonho ficou cada vez mais distante e a torcida não poupará Fahel pelo gol perdido logo no início do jogo.

São Paulo x Fluminense : Ta com pinta de campeão o tricolor das Laranjeiras. Num jogão de bola, o Flu mostrou porque é o líder do campeonato. Com uma defesa bastante sólida e um meio-campo voando, poucos times no Brasil são páreos para o líder. Massacrou o time são-paulino que ainda contou com Xandão e Richarlysson expulsos. Destaque positivo para Conca, Fred e Deco. Já o negativo, fica por conta do sempre ele, Washington.

Palmeiras x Atlético MG : Palmeiras desinteressado no campeonato com a cabeça na Sulamericana. Bom para o Galo que não tem nada a vercom isso e despachou o expressinho do Verdão. Num jogo sem grandes emoções em que o Atlético dominou o jogo, destaque para Neto Berola. Galo respira mais aliviado e com mais 3 pontos se livre da queda.

Vitória x Corinthians: Vaga na Libertadores assegurada. E daí? É o que deve estar se perguntando a torcida do Timão. Num jogo onde o Corinthians não teve pose de campeão, o Leão aproveitou e empatou o jogo num pênalti bastante duvidoso marcado após "bola na mão" de Ralph. Corinthians perdeu a liderança para o Flu num momento crucial e creio que será difícil reverter este quadro.

Goiás x Santos: Hoje foi oficializado o que nós já sabíamos a algum tempo: Goías foi rebaixado. O esmeraldino tem um elenco muito fraco e precisa de uma reformulação urgente. Só se salvam neste time o promissor zagueiro Rafael Tolói, Douglas e Rafael Moura(sim, ele tá jogando bem). Neymar foi o encarregado de apagar as luzes na Série A do Goiás. Com 3 gols e dribles lindos( padrão Neymar), o menino conduziu o Santos a uma fácil vitória de virada sobre o rebaixado Goiás.

Avaí x Atlético GO: Neste ritmo, o Atlético Goianiense vai para o mesmo caminho do seu rival Góiás. Contando com um goleiro Márcio irreconhecível, o rubro-negro foi presa fácil para o Avaí. Destaque para Jéfferson, autor de dois gols que ajudam o time catarinense a se manter fora da temível zona de rebaixamento.

Cruzeiro x Vasco : Ainda da pra sonhar. Após a vitória sobre o Vasco, o time cruzeirense ainda tem chances de ser o campeão. Num jogo morno que contou com um Montillo muito bem marcado, restou a Roger aparecer e fazer o papel de maestro do time. Mesmo vencendo o jogo, a torcida do time mineiro vaiou os jogadores em alguns momentos por conta da falta de objetividade em alguns momentos da partida. Pode ser que eu queime minha língua, mas para mim, o Cruzeiro é carta fora do baralho.

Palpites para a 37° rodada:

Internacional 1 x 1 Vitória
Flamengo 1 x 1 Cruzeiro
Atlético MG 3 x 1 Góiás
Palmeiras 1 x 2 Fluminense
Avaí 2 x 1 Santos
Guarani 0 x 2 Grêmio
Ceará 2 x 2 Atlético PR
Botafogo 3 x 0 Prudente
Corinthians 2 x 0 Vasco
Atlético GO 1 x 1 São Paulo

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Olha o Emerson! É mentira...


Estamos na reta final do Campeonato Brasileiro 2010. Com três times na luta pelo título e com apenas três rodadas para o fim do campeonato, um simples detalhe pode fazer a diferença. Um simples detalhe ou um grande craque, que cresce nos momentos decisivos. Neste domingo, contra o São Paulo, o Fluminense não contará, mais uma vez, com Emerson, cortado por dores no tornozelo esquerdo.

Essa não é (nem de longe) a primeira vez que o clube das Laranjeiras se prejudica com jogadores chave no departamento médico de futebol. Durante a temporada, seguidas contusões atormentaram Fred, Emerson e Cia, e não seria um absurdo considerar que, sem esses problemas, talvez, o time estivesse isolado no topo.

Culpa de quem? Do azar? Levantemos a polêmica. Acredito que seja, também, uma questão de afobação. Por parte do torcedor, do próprio jogador contundido e do patrocinador. O torcedor reclama que o jogador vem jogar no clube, mas vive de “chinelinho”. O patrocinador se irrita, por pagar um valor alto pelo craque e não vê-lo jogar. As cobranças vêm para o atleta, que se sente na obrigação de jogar. Resultado: o DM libera o jogador antes do tempo previsto, ele força seu limite e acaba calçando novamente o seu “chinelinho”.

Ter suas expectativas frustradas já virou algo comum nesse campeonato, para o torcedor tricolor. A partida de domingo, contra o SPFC, será a 6ª seguida do Fluminense sem Emerson, que, com uma média belíssima (7 gols em 9 jogos), é uma arma para o clube. Mas, convenhamos, arma sem munição, não funciona...


Olho na bola, não no apito! Árbitros na capa dos jornais, ao invés de jogadores? Isso é mau sinal! Simon virou celebridade em alguns diários. E como dizem os comentaristas da arbitragem, quando o juiz aparece mais do que o jogo, o verdadeiro espetáculo é quem sai prejudicado...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eterna Promessa



Promessa: 1. ato ou efeito de prometer 2. Asseguração expressa em que se baseia determinada expectativa; determinada esperança; ou simplesmente: Robinho.

Despontou como o novo Pelé num time do Santos que reuniam várias promessas de craque como Diego, Elano, Renato, Léo e ele. O líder da meninada da Vila Belmiro. Foram campeões brasileiros jogando um futebol que dava gosto de ver. Era a volta do futebol arte. Dribles espetaculares e desconcertantes, goleadas, jogadas de efeito, entrosamento e habilidade, muita habilidade. Passados oito anos daquele Campeonato Brasileiro, vejo o futebol de Robinho numa decadência vertiginosa. O craque (como muitos da mídia gostam de classificá-lo), após ter despontado no Santos em 2002, foi para o Real Madrid em 2005, pela bagatela de 30 milhões de reais e nas primeiras temporadas não conseguiu render o que jogava em gramados brasileiros. Amargou a reserva durante bom tempo, até 2007, o técnico Bern Schuster sacá-lo do banco de reservas e botar Robinho para jogar. Fez algumas boas partidas com a camisa 10 do Real, mas não conseguiu empolgar e nem de longe parecia aquele moleque atrevido que encantou os brasileiros e o mundo no Brasileirão de 2002.

Em 2008, Robinho resolveu mudar os ares. Fez as malas e se mandou para a fria Manchester e foi jogar num time de pouca expressão(até então), o Manchester City. Foi contratado assim como na época do Real, a peso de ouro. A expectativa em torno do brasileiro era altíssima, pois tinha ido para ser o craque e camisa 10 da equipe. Robinho não conseguiu levar os Sky Blues para o topo da tabela, mas fez sua parte; com 14 gols foi um dos destaques da temporada 2008-09 da Premier League e fez com que todos pensassem que seu futebol arte poderia estar ressurgindo na terra da Rainha. Engano seu, meu e de todos. Após a bela temporada em seu primeiro ano no duro campeonato inglês; com a chegada do técnico Roberto Mancini, Robinho perdeu novamente sua magia. Era algo incoerente e totalmente inexplicável como um jogador de alto nível podia oscilar tanto de um ano para o outro. Fato é, que Robinho perdeu espaço com a chegada de outros craques ao Man City e foi emprestado ao Santos.
Em sua volta ao Brasil, Robinho encontrou um time santista mágico. Um time que o fazia lembrar os bons tempos vividos em 2002 com sua trupe. Só que dessa vez, no lugar de seus contemporâneos, estavam Neymar, André e Ganso. As 3 promessas mais a Eterna Promessa, comeram a bola no Campeonato Paulista, Copa do Brasil e foram campeões com sobra pra cima dos adversários. Novamente o futebol mágico voltara. Mas infelizmente, tudo que é bom dura pouco e Robinho teve que abandonar seus meninos e partir de volta para a gelada Manchester.

Sem espaço na equipe do técnico Mancini, Robinho viu o declínio de sua carreira européia próximo do fim quando ficou prestes a acertar com o Galatasaray. Com todo respeito ao time turco, mas um jogador que já foi considerado o novo Pelé ir jogar no Gala, para mim é fim de carreira. Graças a Deus, Robinho fez o correto e não assinou com o clube turco e por "apenas" 18 milhões de euros, foi para o Milan. Chegando em Milão, encontrou Ronaldinho Gaúcho, Pato e Thiago Silva, seus companheiros de seleção brasileira e se animou com a possibilidade de formar com Ronaldinho, Pato e Ibra, um quarteto dos sonhos. Não tem rendido(pra variar) o esperado no clube rossonero e já foi sacado da equipe pelo treinador Allegri. Há quem fale até em rescisão de contrato com Robinho, se as coisas não melhorarem para ele nesta temporada. Resta saber se seu fraco desempenho no Milan, afetará seu desempenho com a camisa da seleção, onde ele sempre esteve bem. Robinho nunca passou por uma má fase com a camisa brasileira e foi um dos sobreviventes da Era Dunga.
Torço para que o jogador reencontre o quanto antes seu futebol em terras italianas e volte a ser o jogador que os brasileiros esperavam. Porque com 26 anos já não é mais nenhum garoto e não tem tempo a perder. Espero que esse talento bruto, se lapide logo, porque senão lembraremos de Robinho, como a eterna promessa . . .

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Olho neles, Mano !








O post de hoje do Blog na Rede, tem como objetivo lembrar de jogadores que tem totais condições de defender a nossa seleção, mas andam esquecidos(pelo menos nessas primeiras convocações) pelo nosso treinador Mano Menezes. Amanha é dia de Brasil x Argentina( que jogão!!!), e pesquisei sobre jogadores que certamente poderiam fazer parte deste elenco. São jogadores que fazem enorme suceso mundo afora, mas acabaram ficando distante dos seus fãs brasileiros e até mesmo do nosso técnico.
Talvez, por não jogarem um Campeonato tão competitivo ou não jogarem em equipes de grande porte. Mas o certo é que eles tem potencial de sobra para mostrar nos seus clubes e quem sabe chamar a atenção do Mano, para uma futura convocação e por que não, a Copa?

Aí vão os candidatos a uma vaga na seleção brasileira:

Rafinha( Genoa): O jogador que foi medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim, vem fazendo bons jogos pelo Genoa no Campeonato Italiano e com apenas 25 anos de idade, tem tudo para voltar a seleção. Pela frente, encontrará parada dura, já que Daniel Alves é unanimidade e o jovem Rafael do Man United vem agradando muito Mano Menezes.

Renato Augusto( Bayer Leverkusen): Para mim, é questão de tempo estar entre os convocados. E não digo muito tempo não; em breve teremos Renato Augusto na seleção. Ídolo do Flamengo e do Bayer Leverkusen, tem apenas 22 anos de idade e um futebol de gente grande. Jogador que bate bem na bola, tem muita força física e joga de cabeça erguida, tem enorme qualidade e deve estar em futuras convocações da seleção.
Ibson( Spartak): Jogador de rara técnica. Exerce tanto a função de volante como a de meia com maestria. Com 27 anos, já não é mais nenhum menino mas ainda tem o direito de sonhar em vestir a camisa da seleção novamente. Joga no fraco Campeonato Russo, mas se destaca por lá e já é um dos melhores do campeonato.
William( Shakhtar Donetsk): Chama a minha atenção desde os tempos de Parque São Jorge. Vendido para o Shakhtar muito novo, não teve a oportunidade de mostrar todo seu talento em campos brasileiros. Extremamente habilidoso, rápido e driblador, Willian é o maior ídolo do time ucraniano. Já conquistou seis títulos na Ucrânia e foi eleito o melhor do Campeonato duas vezes. Gostaria muito de vê lo com a amarelinha. Disputa vaga no meio-campo com jogadores habilidosos, mas para mim, deixa o Carlos Eduardo no chinelo.

Taison( Metalist): Atacante com muita classe que se desloca pelo campo todo e tem facilidade em bater na bola. Esse é Taison(22 anos). Revelado pelo Internacional-RS, apareceu como uma jóia no Campeonato Gaúcho e na Copa do Brasil(marcou 7 gols). Caiu um pouco de produção no segundo semestre de 2009, mas já recuperou a alegria em jogar e voltou a fazer gols, agora no modesto Metalist. Talento, o menino Taison tem de sobra; cabe a ele agora se destacar no Campeonato ucraniaco e chamar atenção de outros clubes para contratá-lo. Jogando no Metalist(3° potência da Ucrânia) fica bem complicado.

Esses são meus palpites e sugestões para a nossa seleção canarinho. Outros 3 jogadores que me agradam muito e que também andam meio esquecido são: Éderson(Lyon), Hulk( Porto) e Alex(Spartak). E você tem alguma sugestão? Se tiver escreva nos comentários! Queremos saber a opinião de vocês! Olho neles, Mano!


Talento polêmico

No ano passado, Jobson viveu um drama causado pelo vício das drogas. Flagrado duas vezes no exame antidoping na reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado, Jobson, corria o risco de ser banido do esporte. Porém, o jovem se salvou, quando o STJD resolveu preservá-lo, aplicando-lhe apenas uma suspensão por dois anos, para efeito moral.
Em junho desse ano, alcançou novamente o futebol, graças a uma diminuição da pena e, desejado por clubes renomados do futebol brasileiro, voltou ao Botafogo, que abriu suas portas, estendendo as duas mãos para a redenção do talentoso jogador.
Voltou, fez gols, mas seu comportamento fora das quatro linhas continuou inadequado. Recentemente, Jobson se envolveu em polêmicas com a torcida alvinegra e, na última sexta-feira, faltou ao treino da equipe, causando desconforto na cúpula de futebol do time do Botafogo. O atacante tem contrato com o Glorioso até 2014, mas a diretoria do clube ainda não sabe se deseja continuar com seu futebol somado à sua falta de compromisso.
O Botafogo, que luta por uma vaga na Libertadores, não pretende de maneira nenhuma lutar também contra Jobson: um jovem talentoso que vem trazendo polêmicas a um ótimo final de temporada em General Severiano, como não se via há algum tempo.

Pênaltis
Foi Pênalti em Rodriguinho, para o Fluminense, foi pênalti em Ronaldo. E o lance do Thiago Ribeiro? Foi? Não foi? Vejo e revejo o lance mais de 20 vezes, em câmera lenta, e não chego a uma conclusão específica. Imagine o árbitro que tem apenas a chance de ver apenas uma vez e em velocidade normal...  

Parênteses...
Peço licença ao tema do blog para exaltar Sebastian Vettel pelo título mundial de F1. Que corrida! A categoria parece estar tomando o rumo certo, onde jovens e talentosos pilotos vencem. E não vale choramingar, Alonso!

domingo, 7 de novembro de 2010

O melhor time de todos os tempos da última semana


Há mais ou menos um ano, o Flamengo do então técnico Andrade voava no Brasileirão. Vitórias empolgantes, sistema defensivo sólido, belíssimos destaques individuais e uma pergunta: "exagero falar em Hexa?" Pois bem, naquele dia 6 de dezembro, Ronaldo Angelim, a madeira que cupim não rói, respondeu em alto e bom tom: NÃO!

O grupo rubro negro do ano passado ajudou a construir um dos capítulos mais bonitos da história do Clube de Regatas do Flamengo. Porém, de lá pra cá, muita coisa mudou. E a magnética, torcida cascuda acostumada a ganhar tudo, sofre com um dos anos menos "flamengo" de todos.

No início de 2010, dois dos símbolos da arrancada ao título deixaram o clube. Zé Roberto voltou para a Alemanha e com ele, levou embora o melhor lado esquerdo nacional de 2009 juntamente com o polivalente Everton, que fechou com o Tigres do México. Airton também saiu, e a defesa perdeu toda sua imponência.

Para alegrar os torcedores sedentos por um companheiro de ataque para Adriano, a diretoria investiu na contratação de Vágner Love. Garra, vontade, determinação, técnica e instinto - O artilheiro do amor em cinco palavras. O maior achado individual de 2010.

Porém, a chegada de Vágner também teve um fator negativo. O Flamengo foi obrigado a mudar seu estilo de jogo para se adaptar à sua nova dupla de ataque, e aí...se perdeu. O time não se encontrou, não conseguiu ter equilíbrio e se mantém refém até então.

O esquema de jogo da equipe no primeiro semestre se baseava em bolas alçadas de qualquer maneira para Love e Adriano resolverem. E resolviam. Eram jogadores acima da média que se destacavam sem precisar fazer muito esforço. O problema é que lá atrás, as coisas ainda não estavam perfeitamente encaixadas.

O rápido lado direito com Léo e Willians não funcionava mais. O lado esquerdo ficou nulo sem Zé. O "ferrolho" do meio virou peneira a partir do momento em que faltava Airton, Maldonado ou qualquer jogador para servir de referencia na cobertura. Petkovic não conseguiu ser metade do que foi em 2009, e os que tentaram fazer sua função, como Kleberson e Pacheco não renderam o suficiente.

O problema tático que fora resolvido por Andrade em 2009, virou o maior dos problemas rubro negros de 2010. O time, mal acostumado, parecia acreditar que poderia vencer qualquer jogo a qualquer instante, assim como fizeram na caminhada rumo ao Hexa. Mas não foi bem assim, e no segundo semestre a coisa piorou. As coisas mudaram, Adriano não pôde mais pegar a bola, levar para a perna esquerda e decidir. Petkovic não fez mais gol olímpico nos primeiros quinze minutos de uma partida, contendo o "abafa" do time adversário.

Com a chegada de Luxemburgo, as chances de uma melhora tática significativa no ano que vem são claras. O time do final de 2009 foi um dos melhores da história da Gávea, mas como todo time bom e vitorioso, quando desmanchado, deixou grandes feridas. É hora de mudar, é necessário mudar. O Flamengo não vai ser o "atual campeão brasileiro" todo o ano.