terça-feira, 30 de novembro de 2010
Procura- se um lateral-esquerdo
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Pé na forma e mão na taça!
terça-feira, 23 de novembro de 2010
É chegada a hora!
Futebol-Empresa
De 1980 para cá, muita coisa mudou. A moeda, o mapa mundi, os presidentes, algumas leis, a maneira de se vestir, as gírias. Junto desse panorama de mudanças , o futebol também se encaixa, e muito. O esporte bretão se modificou bastante, principalmente fora das quatro linhas. O problema é que alguns clubes brasileiros estagnaram e parecem não ser adaptar a algumas novas tendências administrativas que surgiram por volta do novo século. Não é o caso de um ou outro. É o caso de praticamente todas as entidades futebolísticas (e algumas esportivas em geral) do nosso país.
O futebol não é mais o mesmo. A maneira de se gerar receitas sofreu modificações, os empresários ganharam poder e os clubes a cada dia que passa se tornam mais reféns da televisão. Porém, dois fatores permanecem intocáveis, o mesmo problema que na década de 80 podia ser facilmente tirado de letra, hoje em dia não pode mais. A falta de uma política esportiva e de um modo administrativo decente não permite um crescimento exponencial de nenhum clube brasileiro.
A modernização do futebol pareceu ocorrer apenas na Europa. A América do Sul ainda apresenta modelos administrativos defasados de mais de 20 anos atrás. Historicamente, os clubes se organizavam em associações sem nenhum fim lucrativo. O futebol no passado não era o que é hoje, não visava lucro.
O aumento da velocidade do fluxo de informações, aliado a novas tendências econômicas obrigaram os gigantes europeus a pensarem adiante. A geração de receitas e a valorização do nome passaram a ser prioridades. Para isso, muitos clubes do velho continente adotaram o modelo clube-empresa, como forma de buscar mais investidores para a associação. Um modelo, sério, profissional e muito bem visto pelo órgão público, graças a facilidade de fiscalização.
Manchester, Chelsea, Bayern de Munique são exemplos bem sucedidos desse modelo de gestão. Na Inglaterra, é bem mais comum. Muitos investidores vêem na terra da rainha, o futebol com um terreno mais bem preparado para adentrar nesse mercado. Mais recentemente, o Liverpool passou por essa mudança, totalmente desaprovada pelos torcedores.
Existem as exceções que confirmam a regra. Os gigantes Barcelona e Real Madrid não adotam o formato clube-empresa. A Espanha não permite este tipo de administração, por isso, o Estado tem participação incisiva na geração de receitas dos clubes do país. E na opinião deste humilde blogueiro, é a forma mais contundente.
No Brasil, houve tentativas. O Palmeiras foi vitorioso com a Parmalat, mas a parceria não seguiu adiante e custou um rebaixamento ao time paulista. Caso semelhante foi com o Corinthians, com a MSI e com Grêmio e Flamengo, com a ISL. Hoje em dia, vemos a Traffic em evidência nos noticiários esportivos pela sua atuação em diversos clubes e seus contratos com diversos jogadores. O conceito existe por aqui, ninguém é bobo. A questão é a confiança.
A tendência é que a conversão de clubes para clube-empresa continue. O sucesso é evidente e exemplos é o que não falta. A modernização do futebol não obriga nenhuma clube a seguir determinado modelo, mas ao mesmo tempo que não obriga, faz com que haja necessidade. Porém, nada pode ser realizado sem transparência por parte dos diretores e sem boa administração. Nada vai cair do céu. Futebol é uma caixinha de surpresa fora das quatro linhas também. É coisa de gente grande.
domingo, 21 de novembro de 2010
Reta final
36° rodada
Flamengo x Guarani: Jogo bastante disputado como todos já esperavam. Dois times lutando contra a zona de rebaixamento num jogo que valia muito mais que 3 pontos. Muita luta das duas partes, oportunidade de gol e um Flamengo superior ao Bugre. Bom para os rubro-negros que com esses 3 pontos conquistados, se afastaram um pouco da zona da degola.
Grêmio x Atlético-PR: Jogão! Os dois times jogavam todas as suas fichas nesta partida. E o tricolor gaúcho foi quem levou a parada. Mesmo contando com um goleiro Neto inspiradíssimo, o Furacão não foi páreo para Douglas e cia. O camisa 10 gremista abusou de deixar seus companheiros na cara do gol, fez jogadas de efeito e ainda foi coroado com um gol. Furacão pelo visto, deu adeus ao sonho da Libertadores.
Prudente x Ceará: Um time rebaixado contra um que está esperando o campeonato acabar. Se esperava outra coisa além de um 1x1?
Botafogo x Internacional : Internacional com time de reservas. Jogando no Engenhão. Botafogo sonhando com a Libertadores. Inter vencendo ajudaria o rival Grêmio. Botafogo venceu, certo? ERRADO. Tem coisas que só acontecem com o Botafogo. O destaque do jogo, foi o quarto goleiro do Inter. Muriel fez defesas milagrosas e deixou bem distante a Libertadores do Fogão. O sonho ficou cada vez mais distante e a torcida não poupará Fahel pelo gol perdido logo no início do jogo.
São Paulo x Fluminense : Ta com pinta de campeão o tricolor das Laranjeiras. Num jogão de bola, o Flu mostrou porque é o líder do campeonato. Com uma defesa bastante sólida e um meio-campo voando, poucos times no Brasil são páreos para o líder. Massacrou o time são-paulino que ainda contou com Xandão e Richarlysson expulsos. Destaque positivo para Conca, Fred e Deco. Já o negativo, fica por conta do sempre ele, Washington.
Palmeiras x Atlético MG : Palmeiras desinteressado no campeonato com a cabeça na Sulamericana. Bom para o Galo que não tem nada a vercom isso e despachou o expressinho do Verdão. Num jogo sem grandes emoções em que o Atlético dominou o jogo, destaque para Neto Berola. Galo respira mais aliviado e com mais 3 pontos se livre da queda.
Vitória x Corinthians: Vaga na Libertadores assegurada. E daí? É o que deve estar se perguntando a torcida do Timão. Num jogo onde o Corinthians não teve pose de campeão, o Leão aproveitou e empatou o jogo num pênalti bastante duvidoso marcado após "bola na mão" de Ralph. Corinthians perdeu a liderança para o Flu num momento crucial e creio que será difícil reverter este quadro.
Goiás x Santos: Hoje foi oficializado o que nós já sabíamos a algum tempo: Goías foi rebaixado. O esmeraldino tem um elenco muito fraco e precisa de uma reformulação urgente. Só se salvam neste time o promissor zagueiro Rafael Tolói, Douglas e Rafael Moura(sim, ele tá jogando bem). Neymar foi o encarregado de apagar as luzes na Série A do Goiás. Com 3 gols e dribles lindos( padrão Neymar), o menino conduziu o Santos a uma fácil vitória de virada sobre o rebaixado Goiás.
Avaí x Atlético GO: Neste ritmo, o Atlético Goianiense vai para o mesmo caminho do seu rival Góiás. Contando com um goleiro Márcio irreconhecível, o rubro-negro foi presa fácil para o Avaí. Destaque para Jéfferson, autor de dois gols que ajudam o time catarinense a se manter fora da temível zona de rebaixamento.
Cruzeiro x Vasco : Ainda da pra sonhar. Após a vitória sobre o Vasco, o time cruzeirense ainda tem chances de ser o campeão. Num jogo morno que contou com um Montillo muito bem marcado, restou a Roger aparecer e fazer o papel de maestro do time. Mesmo vencendo o jogo, a torcida do time mineiro vaiou os jogadores em alguns momentos por conta da falta de objetividade em alguns momentos da partida. Pode ser que eu queime minha língua, mas para mim, o Cruzeiro é carta fora do baralho.
Palpites para a 37° rodada:
Internacional 1 x 1 Vitória
Flamengo 1 x 1 Cruzeiro
Atlético MG 3 x 1 Góiás
Palmeiras 1 x 2 Fluminense
Avaí 2 x 1 Santos
Guarani 0 x 2 Grêmio
Ceará 2 x 2 Atlético PR
Botafogo 3 x 0 Prudente
Corinthians 2 x 0 Vasco
Atlético GO 1 x 1 São Paulo
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Olha o Emerson! É mentira...
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Eterna Promessa
Despontou como o novo Pelé num time do Santos que reuniam várias promessas de craque como Diego, Elano, Renato, Léo e ele. O líder da meninada da Vila Belmiro. Foram campeões brasileiros jogando um futebol que dava gosto de ver. Era a volta do futebol arte. Dribles espetaculares e desconcertantes, goleadas, jogadas de efeito, entrosamento e habilidade, muita habilidade. Passados oito anos daquele Campeonato Brasileiro, vejo o futebol de Robinho numa decadência vertiginosa. O craque (como muitos da mídia gostam de classificá-lo), após ter despontado no Santos em 2002, foi para o Real Madrid em 2005, pela bagatela de 30 milhões de reais e nas primeiras temporadas não conseguiu render o que jogava em gramados brasileiros. Amargou a reserva durante bom tempo, até 2007, o técnico Bern Schuster sacá-lo do banco de reservas e botar Robinho para jogar. Fez algumas boas partidas com a camisa 10 do Real, mas não conseguiu empolgar e nem de longe parecia aquele moleque atrevido que encantou os brasileiros e o mundo no Brasileirão de 2002.
Em 2008, Robinho resolveu mudar os ares. Fez as malas e se mandou para a fria Manchester e foi jogar num time de pouca expressão(até então), o Manchester City. Foi contratado assim como na época do Real, a peso de ouro. A expectativa em torno do brasileiro era altíssima, pois tinha ido para ser o craque e camisa 10 da equipe. Robinho não conseguiu levar os Sky Blues para o topo da tabela, mas fez sua parte; com 14 gols foi um dos destaques da temporada 2008-09 da Premier League e fez com que todos pensassem que seu futebol arte poderia estar ressurgindo na terra da Rainha. Engano seu, meu e de todos. Após a bela temporada em seu primeiro ano no duro campeonato inglês; com a chegada do técnico Roberto Mancini, Robinho perdeu novamente sua magia. Era algo incoerente e totalmente inexplicável como um jogador de alto nível podia oscilar tanto de um ano para o outro. Fato é, que Robinho perdeu espaço com a chegada de outros craques ao Man City e foi emprestado ao Santos.
Em sua volta ao Brasil, Robinho encontrou um time santista mágico. Um time que o fazia lembrar os bons tempos vividos em 2002 com sua trupe. Só que dessa vez, no lugar de seus contemporâneos, estavam Neymar, André e Ganso. As 3 promessas mais a Eterna Promessa, comeram a bola no Campeonato Paulista, Copa do Brasil e foram campeões com sobra pra cima dos adversários. Novamente o futebol mágico voltara. Mas infelizmente, tudo que é bom dura pouco e Robinho teve que abandonar seus meninos e partir de volta para a gelada Manchester.
Sem espaço na equipe do técnico Mancini, Robinho viu o declínio de sua carreira européia próximo do fim quando ficou prestes a acertar com o Galatasaray. Com todo respeito ao time turco, mas um jogador que já foi considerado o novo Pelé ir jogar no Gala, para mim é fim de carreira. Graças a Deus, Robinho fez o correto e não assinou com o clube turco e por "apenas" 18 milhões de euros, foi para o Milan. Chegando em Milão, encontrou Ronaldinho Gaúcho, Pato e Thiago Silva, seus companheiros de seleção brasileira e se animou com a possibilidade de formar com Ronaldinho, Pato e Ibra, um quarteto dos sonhos. Não tem rendido(pra variar) o esperado no clube rossonero e já foi sacado da equipe pelo treinador Allegri. Há quem fale até em rescisão de contrato com Robinho, se as coisas não melhorarem para ele nesta temporada. Resta saber se seu fraco desempenho no Milan, afetará seu desempenho com a camisa da seleção, onde ele sempre esteve bem. Robinho nunca passou por uma má fase com a camisa brasileira e foi um dos sobreviventes da Era Dunga.
Torço para que o jogador reencontre o quanto antes seu futebol em terras italianas e volte a ser o jogador que os brasileiros esperavam. Porque com 26 anos já não é mais nenhum garoto e não tem tempo a perder. Espero que esse talento bruto, se lapide logo, porque senão lembraremos de Robinho, como a eterna promessa . . .
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Olho neles, Mano !
Talento polêmico
domingo, 7 de novembro de 2010
O melhor time de todos os tempos da última semana
O grupo rubro negro do ano passado ajudou a construir um dos capítulos mais bonitos da história do Clube de Regatas do Flamengo. Porém, de lá pra cá, muita coisa mudou. E a magnética, torcida cascuda acostumada a ganhar tudo, sofre com um dos anos menos "flamengo" de todos.
No início de 2010, dois dos símbolos da arrancada ao título deixaram o clube. Zé Roberto voltou para a Alemanha e com ele, levou embora o melhor lado esquerdo nacional de 2009 juntamente com o polivalente Everton, que fechou com o Tigres do México. Airton também saiu, e a defesa perdeu toda sua imponência.
Para alegrar os torcedores sedentos por um companheiro de ataque para Adriano, a diretoria investiu na contratação de Vágner Love. Garra, vontade, determinação, técnica e instinto - O artilheiro do amor em cinco palavras. O maior achado individual de 2010.
Porém, a chegada de Vágner também teve um fator negativo. O Flamengo foi obrigado a mudar seu estilo de jogo para se adaptar à sua nova dupla de ataque, e aí...se perdeu. O time não se encontrou, não conseguiu ter equilíbrio e se mantém refém até então.
O esquema de jogo da equipe no primeiro semestre se baseava em bolas alçadas de qualquer maneira para Love e Adriano resolverem. E resolviam. Eram jogadores acima da média que se destacavam sem precisar fazer muito esforço. O problema é que lá atrás, as coisas ainda não estavam perfeitamente encaixadas.
O rápido lado direito com Léo e Willians não funcionava mais. O lado esquerdo ficou nulo sem Zé. O "ferrolho" do meio virou peneira a partir do momento em que faltava Airton, Maldonado ou qualquer jogador para servir de referencia na cobertura. Petkovic não conseguiu ser metade do que foi em 2009, e os que tentaram fazer sua função, como Kleberson e Pacheco não renderam o suficiente.
O problema tático que fora resolvido por Andrade em 2009, virou o maior dos problemas rubro negros de 2010. O time, mal acostumado, parecia acreditar que poderia vencer qualquer jogo a qualquer instante, assim como fizeram na caminhada rumo ao Hexa. Mas não foi bem assim, e no segundo semestre a coisa piorou. As coisas mudaram, Adriano não pôde mais pegar a bola, levar para a perna esquerda e decidir. Petkovic não fez mais gol olímpico nos primeiros quinze minutos de uma partida, contendo o "abafa" do time adversário.
Com a chegada de Luxemburgo, as chances de uma melhora tática significativa no ano que vem são claras. O time do final de 2009 foi um dos melhores da história da Gávea, mas como todo time bom e vitorioso, quando desmanchado, deixou grandes feridas. É hora de mudar, é necessário mudar. O Flamengo não vai ser o "atual campeão brasileiro" todo o ano.