segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Trocando os pés pelas mãos

O Santos demitiu Adilson Batista. Uma tremenda imaturidade, sem dúvida. Na chegada do técnico à Vila Belmiro, o presidente santista Luís Álvaro prometeu a manutenção do comando de Adilson pelo tempo necessário até as coisas começarem a tomar forma. Não cumpriu! Batista chegou ao Santos trazendo na bagagem a desconfiança que o torcedor teria por ele. Pelo Corinthians, o técnico não conseguiu realizar um trabalho sólido, recebendo a culpa pelos maus resultados de sua equipe em 2010.

Batista comandou o Santos em onze jogos, venceu cinco, empatou outros cinco e perdeu um. Um! O ataque da equipe da Vila é o melhor do Campeonato Paulista, com 23 gols, tendo sofrido 13. Sob seu olhar, Ganso não teve a oportunidade de mostrar seu talento, devido à lesão.  Elano, o destaque da equipe, teve seu potencial explorado de maneira corretíssima. Neymar jogou apenas três jogos, todos sem ritmo com a equipe santista, após o titulo com a seleção sub-20. E queriam melhor resultado em tempo igual ou menor?

No futebol brasileiro, principalmente (e infelizmente, em muitas vezes), resultado derruba técnico. Quantas não são as vezes em que vemos um técnico de um time gaúcho, por exemplo, fazer uma campanha constante numa Libertadores, mas cair apenas por ter perdido um Gre-Nal? Como já se é famoso no sul, ninguém resiste a uma derrota em Gre-Nais. Faça-me o favor! Na Europa temos o exemplo contrario que, na maioria das vezes, é o que dá certo: Manter um treinador no comando até que ele consiga fazer o time jogar da maneira desejada. E isso, meus caros, não acontece tão rapidamente assim. Muricy Ramalho, campeão brasileiro do ano passado, não conseguiu ainda arrumar sua defesa em 2011. Mas sobre isso...é melhor ler abaixo...

E, já que o assunto é demissão por resultado... Olho nas Laranjeiras! Pois, por lá, as coisas não andam muito bem para o lado de Muricy Ramalho. Há quem diga que os jogadores já adotaram outra postura com o treinador em relação a 2010 e que o tetracampeão brasileiro já começa a se aborrecer com as (precoces) cobranças da diretoria do tricolor. Outra burrada, agora no Rio... Atual campeão brasileiro com o Fluminense, Muricy Ramalho tem ainda mais motivos para parafrasear seu torcedor. Quarta-feira é guerra!

À la Zico! Repetindo o que todos os jornais disseram nesta segunda-feira, Ronaldinho Gaúcho cobrou a falta com maestria e resolveu a decisão da Taça Guanabara. Alívio e esperança renovada para o torcedor rubro-negro, que já estava com saudade de vibrar de maneira orgulhosa com seu time.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Previsibilidade


Uma quarta -feira para esquecer. Pode-se classificar assim o dia de ontem para Fluminense e Botafogo. Os cariocas amargaram péssimos resultados e se complicaram de vez na Taça Libertadores e na Copa do Brasil, respectivamente. Com um futebol para lá de previsível, o tricolor empatou em casa com o bem postado Nacional do Uruguai, enquanto o alvinegro foi derrotado pelo River Plate...de Sergipe.

As atuações foram péssimas, horríveis de se ver. No Engenhão, o Flu não conseguiu furar a boa defesa da equipe uruguaia liderada pelo jovem zagueiro Sebastián Coates, de apenas 20 anos. Um exímio defensor que surge numa escola consagrada por Hugo de Leon, Lugano e tantos outros beques respeitados.

Como era de esperar, a equipe de Muricy Ramalho buscou durante o jogo inteiro a jogada aérea. Foi um total de 36 cruzamentos, todos com esperança de Rafael Moura ter um lampejo decisivo. Chuveirinhos, cruzamentos da diagonal da área e bolas paradas: o repertório tricolor fica cada mais repetitivo e previsível para os adversários. Um esquema que não funciona em mata-mata(ou para Muricy: morre-morre), em virtude da aplicação tática da equipe visitante, que vê o empate com muito bons olhos. A escalação de 3 zagueiros e 2 volantes em uma partida em casa em que sua equipe precisa de resultado é algo que até agora todos tentam entender, mas não conseguem. Tricolores, qual a última vez que você viu o seu time marcar um gol sem ser de bola parada ou de bola alçada na área?

Com o Botafogo, não foi diferente. Joel escalou 3 volantes e 2 laterais com pouco poder ofensivo. Sem saída, o time depositou suas esperanças nas bolas alçadas para Abreu, que não estava em um bom dia, assim como todo o resto do time. De longe, a pior partida do alvinegro em 2011, e talvez, a pior sob comando do atual comandante.

Os dois times estão com sérios problemas de readaptação. Seus esquemas de jogo já estão batidos e os próprios jogadores reconhecem isso. Loco foi à público reclamar da forma de jogar da equipe e, com razão, recebeu o apoio da torcida. Enquanto o Botafogo continuar dependendo de um ou dos jogadores, não terá a capacidade de almejar vôos mais altos na temporada. A jogada aérea, que era arma letal, hoje em dia é o tópico número 1 de toda preleção adversária, por isso que quando muda-se a jogada, as coisas começam a funcionar. Na semifinal da Taça Guanabara, foi pelo chão que Abreu obrigou Felipe a fazer uma ótima defesa no início do segundo tempo. E foi com a bola rolando que o mesmo Abreu chutou seco para empatar o jogo, dois minutos depois. Chegou assim, rendeu assim, e empatou assim. Mudar pra que, Joel?

O caso do Fluminense já é mais complicado. A equipe voou no início do Brasileirão do ano passado. Um rolo compressor que fez a gordura necessária para utilizar nas rodadas finais. A base de Cuca fora mantida e o Fluminense liderou o Campeonato com certa folga durantes uma significativa quantidade de rodadas. Daí, o tempo passou, Muricy começou a implementar seu trabalho, e o tricolor caiu de produção. Coincidência?

Não. O Flu não joga bola desde Setembro de 2010. Foi campeão, com méritos, mas foi muito mais na base da vontade, da raça, da força de sua torcida e de atuações antológicas de Dario Conca. A equipe parou de jogar futebol envolvente e virou adepta da escola Muricy, a mesma escola que o São Paulo só está conseguindo se livrar agora, 2 anos depois da saída do técnico do Morumbi.
Ontem, enquanto o tricolor abusava das jogadas aéreas e das jogadas de bola parada, a maioria dos ataques do Nacional eram pelo chão, com toques rápidos e muita velocidade. Em competições curtas, é preciso agressividade. Não dá para você entrar em um jogo precisando de três pontos vitais para a classificação em um dos grupos mais difíceis dos últimos anos jogando desta forma, é simplesmente inaceitável. O caminho que podia ser tranquilo para a equipe carioca, ganha ares dramáticos. A teimosia de seu treinador pode ter custado a Libertadores para o Fluminense.

Quem viu o jogo ontem, poderia se fazer a seguinte pergunta: "Afinal, qual é o time brasileiro?" Deixa esse time jogar bola, Muricy.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Os dois lados da moeda


Roberto Carlos há uma semana atrás fechou com o ultra-desconhecido (desconhecido sou eu) Anzhi Makhachkala, da Rússia. O que leva um jogador extremamente vitorioso com passagens por grandes clubes da europa a aceitar ir jogar num time deste, nós sabemos. Dinheiro.

Roberto Carlos está com 38 anos de idade(fim de carreira), sabe que não tem mais condições de jogar nos grandes centros europeus e foi seduzido pela proposta milionária dos russos. Sua imagem estava arranhada com a torcida do Corinthians, e viu no Anzhi, a válvula de escape para fugir das confusões no Brasil e engordar ainda mais sua conta bancária.
Não critico o lateral por isso. Afinal, dinheiro nunca é demais(seja para mim, para você, Roberto Carlos ou Eike Batista). Mas por que não ficar no Timão, dar a volta por cima e limpar sua imagem perante à Fiel? O talento de Roberto Carlos é inquestionável, mas o jogador teve sua imagem bastante atacada após a Copa do Mundo de 2006 onde ... melhor nem lembrar.

SE eu fosse o RC ficava e calava a boca dos críticos, assim como seu amigo R9 costumava fazer; fugir, não foi a melhor solução, mas vai saber o que é melhor quando se tem uma oferta de 9 milhões de euros por ano...

Agora vamos ao caso do Jucilei. O volante tem um futuro enorme pela frente no futebol e já optou por ir para a Rússia. Jucilei apareceu muito bem no Corinthians e foi um dos destaques da equipe no Brasileirão do ano passado, onde foi eleito um dos melhores jogadores do campeonato. O jogador chegou a ser convocado por Mano Menezes (admirador do seu futebol) e de repente, aceita proposta para jogar no Anzhi, juntamente com seu ex-companheiro de Corinthians, Roberto Carlos.

Confesso que não entendi até agora. O volante recebeu ofertas(não tão bilionárias como a do Anzhi) da Fiorentina e da Juventus e acabou recusando-as e acertando sua ida ao futebol russo. Óbvio que 23 milhões(valor que o time pagou), são capazes de mexer com a cabeça de qualquer um. Mas certamente não paga o "esquecimento" em que o futebol de Jucilei cairá. Ele não está indo nem para um dos 3 melhores(se é que são bons) times da Rússia; isso se tratando de mercado da bola do futebol europeu, é um tremendo golpe numa carreira promissora.

Com qualidade técnica, força e boa marcação, o jogador tem vaga em qualquer time do Brasil e em times de médio porte da Europa. Mas fazer o quê, se nos dias de hoje, cifrões valem muito mais que uma seleção brasileira e amor a camisa? Só nos resta lamentar e esperar para que Jucilei e Roberto Carlos ao acertarem com o Anzhi, tenham visto os dois lados da moeda.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pobre CBF...

E, finalmente, a justiça foi feita. O Flamengo é Hexa-Campeão brasileiro, reconhecido pela CBF. Nada mais justo, é lógico. Mas....e os ídolos? Será que houve algum tipo de oba-oba criado pela imprensa entre eles? É evidente que não. Quem leu o que Zico comentou sobre o fato, pode ver que sua resposta foi simples: “Nunca deixei de me considerar Campeão Brasileiro em 87”.

Quem conhece a história sabe que o titulo sempre foi do Flamengo. “Se a CBF não reconhecia, problema deles”,  Exclama qualquer torcedor que for parado e perguntando sobre o titulo de 87. O aborrecimento e a vergonha alheia pela CBF já eram tão grandes, que o torcedor já não se importa com o que a entidade diz ou deixa de dizer. (Até porque, o decreto pode mudar na semana seguinte...)

A notícia veio de maneira inesperada. Numa segunda-feira de alegria pela conquista da vaga na decisão da Taça Guanabara, veio o anúncio. Mas, por que tão “do nada”? Prestem atenção e leiam de novo o post "Resistência" de Leandro Garrido.

É ridículo o jogo de interesse que a entidade brasileira faz com esse título. Com medo de perder mais uma vez uma “concorrência”, por ser fraca (digo aqui sem medo de discordância, pois creio que compartilham de minha opinião), a CBF tenta trazer para perto e  acalmar os ânimos das feras (leia-se Corinthians e Flamengo) que começam a crescer e notar a força da marca que têm. Cito a “concorrência” pelo ano de 87, com o campeonato mais bem sucedido de todos os brasileiros. A CBF, agora, tenta não perder o espaço nem a força frente às feras, para, depois, não precisar ficar mais 23 anos, novamente, num jogo de empurra e de ultrajes.

Como nos velhos tempos


Ontem a tarde o Flamengo jogou contra o Botafogo em mais um clássico disputado, com entradas ríspidas, cartões, belas defesas e todos os ingredientes que um clássico deve conter. A partida terminou empatada(padrão, tratando-se de Fla x Botafogo)em 1x1 e a decisão foi para os pênaltis.
Na disputa de pênaltis, o Flamengo se sagrou vencedor e enfrentará o Boavista na final da Taça Guanabara. Graças ao goleiro Felipe que pegou duas penalidades. E por falar em defesas em momentos cruciais, é IMPOSSÍVEL o torcedor rubro-negro não lembrar do ex-goleiro, Bruno.
Bruno era um MONSTRO, quando o assunto era pegar pênaltis. Ainda mais quando o jogo era contra o Botafogo. Felipe ontem nos fez lembrar e muito o ex-goleiro que hoje está impossibilitado de ajudar o Fla, devido à motivos que nós conhecemos.
As defesas de ontem, não saem da minha cabeça e muito menos a imagem de Bruno pegando os pênaltis em outros campeonatos. Portanto resolvi fazer uma singela homenagem ao goleiro Bruno, em forma de poema:


COMIGO NÃO XARÁ



Goleiro de um lado e bola do outro?

Comigo não. É bola na luva e não tem erro.

Pode ser meio-campo, atacante ou zagueiro.

Pode ter muita coragem, ser até artilheiro.



Se você se sujeitar a cobrar

Sua penalidade eu vou pegar

E se batem forte, também batem colocado

Já disse que não tem erro, seu chute será “pegado”.



Consagrei-me fazendo isso

Levantei canecos importantes

Já fui do inferno ao purgatório

Assim como Dante



Hoje estou de mãos atadas

Não posso ajudar

Tranquilo Nação

O Felipe irá representar



Sinto saudades de disputar finais com vocês

Quando penso nos troféus, meu coração bate a mais de mil

Queria ouvir só mais uma vez:

“Puta que pariu, é o melhor goleiro do Brasil"




Gabriel Carvalho

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Resistência


Os bastidores do mundo futebolístico nunca estiveram tão agitados. A briga pelo direito de transmissão televisiva do Campeonato Brasileiro promete ganhar ares decisivos nos próximos dias, e junto deles, uma das mudanças mais significativas no nosso futebol pode ocorrer. Insatisfeitos com a maneira que a CBF e o Clube dos 13 conduzem a negociação dos direitos de imagem do Brasileirão a partir de 2012, os dois clubes mais populares do país prometem dar um passo importantíssimo na democratização do futebol. Flamengo e Corinthians estariam agindo como uma espécie de vanguarda em um dos maiores movimentos já realizados no cenário nacional do esporte.

A disputa Globo x Record pela transmissão está chegando ao fim. Pelo menos, é o que parece. Especula-se que a emissora paulista entrará com uma proposta de 1 bilhão de reais para ser o novo "canal do esporte" da TV aberta, quantia que a Rede Globo considera absurda e fora da realidade. Por conta disso, é bem provável que a emissora carioca, que já não terá os direitos de imagem das Olimpíadas de 2012, também perca o direito de transmitir o Campeonato Brasileiro do mesmo ano. E algo que muitas negavam que um dia aconteceria, parece estar prestes a se tornar realidade. A televisão rachou os clubes do país.

Muito provavelmente, a CBF e o Clube dos 13 irão optar pela maior quantia, que no caso, seria a da Rede Record. Os clubes, afiliados(para não dizer outra coisa) às duas entidades, nada poderiam fazer a não ser acatar a ideia. Porém, algumas instituições, internamente, vêem com maus olhos a saída da Globo, entre elas, Flamengo e Corinthians.

Os dois alegam que a saída da emissora carioca vai desvalorizar consideravelmente o futebol nacional e a exposição dos patrocinadores. O que é verdade. Com isso, os dois clubes mais populares do país podem (e devem) anunciar nos próximos dias o desligamento do Clube dos 13. Uma decisão correta e corajosa, que já devia ter sido tomada há muito tempo. O futebol brasileiro não pode ficar preso a vontade de uma entidade e de um conselho.

A questão é que Flamengo e Corinthians sempre saíram prejudicados economicamente nas cotas televisivas. É injusto um clube que sempre dá mais audiência ganhar uma quantia semelhante a um Grêmio Prudente, por exemplo. Com a Record vai aumentar? Vai, mas igualmente para todos. Da mesma forma que é atualmente com a Globo, graças as decisões da CBF e do Clube dos 13. Sinceramente? Estamos nos Século 21 e os clubes já são praticamente empresas. Não é necessário empurrãozinho de entidade que gosta de aparecer mais que os donos do espetáculo. Todo esse histórico conta na hora da decisão. Andrés Sanchez e Patrícia Amorim não são bobos e sabem que ambos querem mais, podem mais e tem direito a mais.

É por isso que os clubes precisam lutar por seus direitos e buscar uma maior valorização. O Brasil tem marcas fortíssimas, como São Paulo, Grêmio, Internacional, Corinthians, Santos, Flamengo, Cruzeiro entre tantos outros. O dia em que todos esses se juntarem e resolverem formar uma liga própria, com suas próprias regras, nosso futebol vai caminhar a passos mais largos do que já caminha. Na Inglaterra é assim, e funciona muito bem. Na Itália, idem. A Confederação de lá cuida da seleção e só. A liga é com os clubes.

O futebol brasileiro tem capacidade para fazer igual ou até melhor, mas é preciso ter coragem para peitar entidades que são verdadeiros parasitas, impedindo um crescimento exponencial do nosso maior esporte. Por que os clubes não se reúnem diretamente com as TVs? Sem eles, não tem campeonato, não tem nada. Flamengo e Corinthians deram o primeiro passo. Outros clubes querem seguir, mas relutam. O nome disso? Rabo preso na política. E todos sabemos que política não combina com o esporte bretão. Os dois clubes mais populares do país plantaram a semente. Agora é regar e, como sempre, esperar. Nosso futebol merece mais, muito mais. Precisamos voltar a ser algo que sempre fomos. Precisamos voltar a ser exemplo dentro e fora do campo.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Watch your back!


Jogão de bola! No primeiro tempo, mesmo com um esquema tático muito bem postado, na defesa, o Arsenal, de Arséne Wenger, foi superado pelo “Barcelona Futsal Club” (como assim o batizei). Com toques precisos e rápidos, o time catalão deu um nó na defesa do time inglês e chegou ao gol com o entrosamento impecável de David Villa e Lionel Messi, de quem não preciso dizer nada. É quem é. O Arsenal levou bastante perigo nos contra-ataques.

O que matava a defesa dos Gunners eram as seguidas viradas de jogo que o time catalão executava. A troca de passes dinâmica cansa o adversário, abre espaço e te dá a maior posse da bola. Quando bem executada, é a chave para a vitória. E é o maior trunfo do Barcelona de Pep Guardiola. Com um primeiro tempo aquém do que é capaz, mas com mais imponência e vontade, o Barça saiu em vantagem.

Na segunda etapa, o time londrino voltou melhor e arriscou ataques perigosos, trazendo de volta o grito na garganta dos torcedores presentes e acanhando o time do Barcelona.

As constantes chegadas de Nasri e Fabregas, nas costas de Daniel Alves, nos davam a crer que era apenas questão de tempo para o gol de empate sair. E foi justamente por esse setor, que aos 33 minutos,Van Persie, o sempre perigoso atacante holandês, chutou forte a meia altura, e venceu Victor Valdes. Um contra ataque mortal e o empate dos Gunners enfim, havia saído.

Embalado pela empolgação da torcida, o jovem time de Londres partiu para cima, e em um outro contra ataque, matou o jogo 5 minutos depois. Fabregas, Nasri e Arshavin: 3 jogadores, 4 toques na bola e Londres foi abaixo. Era a virada do Arsenal.

Com a saída de Villa e entrada de Keita, o Barcelona mudou para o esquema 4-4-2
Segurando mais a posse. A diferença é que, com Messi na frente, os ataques não precisavam ser necessariamente com pressa e sem perfeição. Eram dinâmicos sem perder toda a classe do jogo que tem o time catalão.

O Barça continuou de maneira mais tímida a forçar o ataque. Porém, sem sucesso. O jogo tático do Arsenal era melhor, e no final, deu mais certo ainda. Wenger adiantou mais ainda a marcação, não deixando espaço para Xavi e Keita saírem para o jogo. O time de Guardiola, então, viu-se bloqueado, de maneira semelhante ao jogo que lhe custou a eliminação da Champions, ano passado, contra a Internazionale. E os Gunners, com uma boa aplicação tática, segurou-se até o final.

O jogo da volta promete ferver, mas o Barcelona ainda é o favorito. A superioridade no papel ficará ainda mais evidente quando atuar em casa. Mas futebol é imprevisível, tudo pode acontecer. E quem ganha somos nós, torcedores. Dia 8 de Março: "The Greatest Team You'll Ever See" x "El Mejor Equipo del Mundo ". O slogan dos dois times cai bem para o duelo. Pinta o campeão?


Por Leandro Garrido e Ricardo Abreu

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sou Ronaldo


Uma facada no coração. Um golpe pelas costas. Foi mais ou menos assim que me senti, quando ontem a tarde, do outro lado da linha telefônica meu amigo e companheiro de Blog na Rede, Ricardo Abreu, me relatou:-Ronaldo vai se aposentar, amanhã a tarde ele dará uma entrevista coletiva anunciando o fim de sua carreira.

Confesso que fiquei mudo por alguns segundos e custei à acreditar. Não podia ser; o maior atacante que eu vi jogar(juntamente com o Baixinho), sair de cena do nada, por baixo. Passou rapidamente um filme pela minha cabeça de todas as jogadas do meu ídolo. Todas as jogadas é forçação de barra, afinal foram inúmeras.
Ronaldo Názario, ou melhor FENÔMENO, foi um atacante brasileiro que jogou 4 Copas do Mundo, é o maior artilheiro delas, defendeu a camisa dos principais times da Europa e fez com que todos brasileiros fossem mais felizes. É assim, que explicarei aos meus filhos quem foi este craque. Ídolo de uma geração toda, R9(como gosta de ser chamado), foi para muitos o maior atacante de todos os tempos. E quem disse isso, dentro destes muitos, não foi qualquer um não. Eu to falando de Zico, meu amigo! O ídolo do moleque franzino do São Cristóvão, se rendeu aos talentos fenomenais de um agora nem tão franzino assim Ronaldo.

Ronaldo não é mais o mesmo jogador da época em que jogava no Barcelona. Isso é fato. Mas mesmo hoje em dia, merece e deve ser respeitado por tudo que já fez pelo futebol. Me lembro que quando eu tinha meus 10 anos de idade, raspei a cabeça junto com meus amigos só para ficar mais parecido com Ronaldo."O cara é fera, o melhor do mundo!" eu dizia para minha mãe que dirigia a mim um olhar de reprovação devido ao "cabelo raspadinho, estilo Ronaldinho".

Sinceramente, já fiquei muito chateado com ele e cheguei a me questionar várias vezes o por quê do meu ídolo não ter vindo jogar no clube do meu coração, e no que ele dizia ser o dele. Mas hoje isso pouco importa. São águas passadas e eu nem nenhum flamenguista deve guardar mágoa do craque. O que ele nos deu de alegria, é sem igual.
E escrevendo este post, vou recordando os lances do Dentuço e não tenho vergonha de confessar, estou muito emocionado de ter que escrever sobre o fim da carreira do jogador mais fenomenal de todos os tempos. Para quem não acredita na sinceridade das minhas palavras, fica um recado: quem está escrevendo este post aqui, não é o futuro jornalista Gabriel Carvalho. É somente um entre os milhões de fãs que Ronaldo tem.
Por fim, gostaria de dizer o meu mais sincero OBRIGADO ao Fenômeno, em nome de toda uma geração que aprendeu a amar o futebol vendo Ronaldinho jogar. Afinal,como diria Marcelo D2:"Tu é Ronaldo, o Brasil é e eu também sou".

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Futuro garantido


SENSACIONAL! Não consigo achar outra palavra para descrever a atuação da seleção brasileira sub-20 na "final" de ontem contra o Uruguai. O Brasil deu um show de bola nos uruguaios e aplicou uma incrível goleada de 6x0(Lucas(3), Neymar(2) e Danilo). A seleção comandada por Ney Franco fez um ótimo torneio e foi coroada não só com a vaga nas Olimpíadas, mas também com o título Sul-Americano.

Ao longo de todo a competição, Neymar e cia(e que companhia!!!)jogaram um futebol genuinamente brasileiro e encantaram a todos que assistiram aos jogos. Com muitas jogadas de efeito(marca registrada desta habilidosa seleção), golaços e padrão de jogo, os meninos do Brasil honraram a tradicional camisa da nossa seleção e nos encheram de orgulho. Comandados por Ney Franco(calou a minha boca),os jogadores sub-20 do Brasil, se impuseram desde o início na partida de ontem. Com contra-ataques letais, jogadas individuais e entrosamento de sobra, a molecada brasileira não tomou conhecimento da Celeste.

Destaques individuais ficaram por conta de Lucas e Neymar. Nada que seja novidade, já que ao longo de toda a competição, eles foram os "craques" do time. O camisa 10 parece não sentir o peso de levar nas costas um número tão importante para a história do futebol brasileiro. Com muita velocidade, chutes indefensaveis e uma visão de jogo ímpar, Lucas foi o maestro do time. Em diversos lances, o meio-campo do São Paulo me fez lembrar Diego Armando Maradona com suas arrancadas.

Outro destaque deste ótimo time sub-20, foi Neymar. Após uma temporada de 2010 brilhante e com convocações para a seleção principal no currículo, o atacante santista chegou ao Peru(sede do pré-olímpico), como principal jogador do elenco e com credenciais de craque. Credencial que ele mostrou que merece. Neymar foi o goleador da competição com nove gols, tornando-se o maior artilheiro brasileiro de uma edição do Sul-Americano Sub-20. Ele ultrapassou Adaílton, autor de oito em 1997.

Não podemos também deixar de elogiar jogadores importantíssimos para o esquema de Ney Franco,como Casemiro, Fernando, Danilo e Diego Mauricio que sempre se saiu bem quando foi acionado.

Em conversa que tive hoje pela manhã com Rene Weber, técnico do Al-Shaab e coordenador das seleções de base do Brasil, o treinador me revelou a dificuldade que é disputar um sul-americano sub-20. Times relutam em ceder jogadores, a organização beira o ridículo e as condições não são favoráveis. Fatores que enaltecem ainda mais a conquista da garotada. A parte deles está feita e agora só os resta torcer para uma vaga nas Olimpíadas de Londres em 2012. Muitos que jogaram este sul-americano devem estar lá e somados com outros jogadores sub-23, esta geração tem tudo para trazer a tão sonhada medalha olímpica para o Brasil.

Agora, resta a Mano Menezes continuar o ótimo trabalho feito por Ney Franco à frente desta seleção. Se for bem feito, uma coisa é certa: A seleção brasileira terá seu futuro garantido...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Crise de identidade


E lá estavam eles outra vez. Os franceses, os calculistas, os minuciosos. Jogaram a partida contra o adversário que adoram. Aquele que consagra qualquer time de sua seleção, que embala qualquer equipe francesa desmotivada. E, com os comandados do ex-zagueiro Laurent Blanc, não poderia ter sido diferente. O Brasil começou agredindo e foi superior em boa parte do primeiro tempo, mas no fim, deu a lógica: a França venceu.

O amistoso internacional realizado nesta quarta-feira, no Estádio Saint-Denis, ganhou pequenos ares de decisão ao longo da semana que se passou. O duelo fora marcado por um gosto insaciável de vingança por parte dos brasileiros, visto que era a chance de exorcizar um fantasma que assombra a Seleção há 19 anos. Era.

Com um segundo tempo apático, a equipe do técnico Mano Menezes foi dominada pelos "Bleus", que precisaram de apenas 9 minutos da etapa complementar para dar um golpe de misericordia com o voluntarioso Benzema, o "faz tudo". A equipa de Blanc ainda poderia ampliar o placar se não fosse o reflexo e a elasticidade de um dos melhores goleiros do mundo. Júlio César voltou em grande estilo e provou que ainda é o dono da camisa 1.

Porém, uma andorinha não faz verão, mas uma a menos, talvez. O Brasil agredia e era melhor na partida quando Hernanes perdeu a cabeça e levantou demais a perna, atingindo o jogador francês. Cartão vermelho mais do que merecido. E a partir daí, a equipe se perdeu, só que diferentemente de como fazia na era Dunga, o time não lutou. Simplesmente não brigou mais, deixou o jogo correr e viu um Menez inspirado fazer fila na defesa brasileira.

Por que isso? Por que essa apatia? É aqui que entra, ao meu modo de ver, uma das maiores contradições da opinião esportiva no nosso país. Em 2006, a Seleção fazia bonito. Dava espetáculos em treinamentos, fez amistosos sensacionais, ganhou uma Copa das Confederações dando show e com um pé nas costas e realizou, sendo generoso, duas boas exibições na Copa. Porém, perdeu.

A imprensa, então, cobrou empenho, o povo cobrou luta e vontade de vestir a camisa. Não precisava ser bonito, só precisava ser vitorioso. Foi aí que Dunga entrou, com tudo isso como objetivo. Tudo fora passado a ele: o resgate da garra, da raça e dos resultados. Em 4 anos, o Brasil jogou feio para o padrão que todos estamos acostumados, mas foi vencedor, apesar de tudo. Com a eliminação para a Holanda, o pedido foi diferente. Mano Menezes deveria resgatar a alegria de jogar futebol, o show, o jogo vistoso e o jeito canarinho. Aquele mesmo, que em 2006 fora tão criticado. E ele, conscientemente, vem fazendo o que pode até então. Se dará resultado, só o futuro nos dirá.

Uns dizem ser contradição, outros dizem ser a ordem natural das coisas. O fato é que o problema do Brasil vai além de A ou B. A questão é na filosofia e isso ficou bastante claro no duelo contra a França. Porque sinceramente, há quanto tempo não vê aquele time de amarelo como a temida Seleção Brasileira? E não se assuste, a imprensa estrangeira também não vê. Perderam o respeito, perdemos a imponência. É preciso mudança significativa! A questão não é falta de show ou falta de vontade. É muito além disso.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Segura essa!

O Fluminense perdeu a chance de estrear com o pé direito na Libertadores. Quero chamar a atenção para uma coisa. O clube das Laranjeiras terminou o ano passado campeão brasileiro. Incontestável com seu poderio ofensivo, o tricolor pecou apenas em um lugar: debaixo das balizas. Muricy Ramalho acompanhou e testou os 3 principais goleiros do clube (Ricardo Berna, Fernando Henrique e Rafael), que nada puderam fazer para impedir a vinda de um goleiro de nome e de força para que a temporada 2011 fosse ainda melhor.

Mas, ao que parece, Diego Cavalieri não tem resolvido o problema. Ainda nas primeiras rodadas do Campeonato Carioca, venho chamando atenção para o fato de o Fluminense, apesar de ter o brilho nos pés de Fred e conseguir meter 5 gols nos pequenos adversários, tomar 1 ou 2 gols de bobeira. No jogo contra o Olaria, o time de Muricy goleou por 6 a 2. Me lembro de ter comentado com um amigo o seguinte: “ta ganhando, ta fazendo muito gol. Mas tomar 2 gols de bobeira...não é todo jogo que pode”. Meu amigo respondeu: “mas nesses pode”.

Não é bem assim. Para um time de qualidade, como o do Fluminense, jogos contra times “menores” são prática para os grandes confrontos. Deu no que deu. Na noite de ontem, o Fluminense amargou um empate em casa na estréia da Libertadores, em uma partida crucial. Perdeu a chance de sair com 3 pontos na frente de seu grupo e jogar mais solto (ou mais preso, como Muricy gosta) nas outras partidas que terá pela frente. O tricolor é forte. Tem laterais que, apesar de ontem estarem perdidinhos, têm muita qualidade para apoiar. Tem um meio excelente e um ataque afinadíssimo. Mas a defesa, mesmo com dois bons zagueiros (Gum e Leandro Euzébio), vem sofrendo. Diego Cavalieri precisa praticar. Ficou muito tempo no banco, na Europa e parece ter perdido o ritmo no gol. Se perder a posição, quem Muricy vai chamar para o gol? É....não tem mais ninguém...

Entrou ou não entrou? No lance em que André Luís tira a bola e salva o gol do Argentino Juniors, a bola parece ter entrado. Na hora, achei que foi. Mas vi e revi o tira-teima da TV e fiquei na dúvida. Entrou ou não entrou?

Inédito! Confesso que, em minha (não tão vasta, eu sei) experiência assistindo a jogos de Libertadores, não via um juiz apitar tão bem uma partida da competição há muito tempo. Ouso dizer que nunca vi. Nada sobrenatural a atuação do árbitro paraguaio Carlos Torres. Justamente por isso. Em Libertadores, os árbitros costumam aparecer mais do que a bola e ajudar quem fala espanhol, ou seja, todos que não são brasileiros. Mas não foi o que vi ontem. Passou Oscar Ruiz como árbitro mais competente do torneio.Ponto para Torres!

Em tempo. Acho que vexame é forte para classificar a atuação da seleção brasileira, ontem, contra a França. Apenas uma coisa me deixou pasmo: Hernanes. O jogador vai para um clube de nome na Itália, se destaca, vira a arma do time, é querido pela torcida. O brasileiro vai fazer a sua parte, frente a esse fato, é claro. Vai pedir o craque na seleção. E como ele retribui? Dando um chute à la Anderson Silva. O que foi aquilo? Acabou com o jogo. Hernanes, expulso, desestruturou a seleção que vinha trocando bons passes e estudando o adversário. Fim de papo. A estréia de Renato Augusto fica para a próxima e o vexame fica apenas por conta de Hernanes. Que feio!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cadê "aquele" Lyon?



Que o time do Lyon não atravessa uma boa fase nestes últimos(recentes) anos é fato. Após perder seu ídolo Juninho Pernambucano, a equipe não levantou troféus e não vem apresentando um bom futebol desde então.
Sua superioridade absoluta durou 7 anos; período em que o time de Juninho e cia, conquistou seguidamente o título do Campeonato francês, 1 Copa da França e 6 Supercopas da França.

Após uma renovada no time, saída de alguns medalhões e trocas de treinadores, o Lyon viu times como Bordeaux, Olympique de Marseille e Lille se reforçarem fortemente e crescerem no cenário francês e internacional.
O time do técnico Claude Puel, ocupa atualmente a sexta posição do campeonato francês, a 7 pontos do atual líder Lille e a 2 pontos do Rennes, último time na zona de classificação para a Liga dos Campeões.

Falando em Liga dos Campeões, no dia 22/02, começam as oitavas de final para a equipe francesa. Logo, contra o Real Madrid, equipe que também enfrentara nas oitavas de final, na última edição do torneio. As equipes chegam para o confronto, em momentos distintos. O time francês não vive um bom momento e tem na Liga dos Campeões, uma esperança de salvar os últimos anos que não foram tão bons, como os torcedores do Lyon se acostumaram na época do maestro Juninho.
Já o poderoso Real Madrid de José Mourinho, chega muito forte para a segunda fase da competição. Conta com um elenco bastante superior ao do time francês, e com Cristiano Ronaldo no auge da forma, além da volta de Kaká após um longo período lesionado.
Disposto a repetir a dose contra o Real Madrid, o time francês conta com a escrita a seu favor nos recentes confrontos entre as equipes.
No elenco da equipe do Lyon, devem ser destacados o ótimo goleiro da seleção francesa Lloris, Michel Bastos, Toulalan e Goucurff. Resta saber, se o Lyon conseguirá repetir as boas atuações perante ao “todo poderoso” Real, e fazer com que os anos de glória voltem, afinal, a “Era Juninho” já passou.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Canonização


E enfim, ele estreou. Depois de semanas se preparando e buscando melhorar sua forma física, Ronaldinho Gaúcho vestiu a 10 do Flamengo, nesta Quarta Feira, contra o Nova Iguaçu em jogo válido pela 5ª rodada do Campeonato Carioca. Um belo contato inicial do craque com a torcida rubro negra, que fez bonito e preparou uma fervorosa recepção para o astro.

Mosaico, bandeiras, máscaras, perucas e todos os adereços que se tinha direito. O Engenhão foi tomado por uma magia que não se via há muito tempo no Flamengo. Era só olhar o rosto de cada torcedor, a felicidade e o brilho nos olhos daqueles que pareciam não acreditar que Ronaldinho Gaúcho comandava o meio de campo rubro negro. Toda a semana que antecedeu a estréia foi especial. Ninguém falava, mas era evidente que o que aconteceria no dia 2 de fevereiro de 2011 ficaria marcado para sempre. Um sentimento que o próprio craque definiu como algo único e diferente de tudo que ele já viveu. O primeiro passo para a eternidade.

Momentos antes do pontapé inicial, Leonardo Moura, gentilmente cedeu a faixa de capitão para o novo camisa 10. Visivelmente emocionado, o gaúcho agradeceu o amigo e companheiro de equipe. Um gesto nobre do segundo maior lateral direito da história do Flamengo. A ideia de Luxemburgo provavelmente partiu do pressuposto de que com a liderança, Ronaldinho teria mais liberdade e confiança para exercer seu futebol. Além de que, de uma forma ou de outra, teria que "entrar na linha", já que passaria a servir ainda mais como exemplo para os outros atletas.

Em campo, o estreante foi discreto. Porém, passes precisos e muita vontade foram a síntese da sua atuação. Faltou o gol, é verdade, mas não é para se preocupar. Para o primeiro jogo em gramados brasileiros após uma década conquistando o mundo no velho continente, o Dente fez uma bela exibição. Sentiu o peso, óbvio, não podemos negar. O peso da responsabilidade de corresponder a toda expectativa gerada em torno de seu retorno, e o peso de vestir a camisa 10 do Flamengo.

O time em si atuou bem para a primeira partida deste grupo, visto que jogou contra 10 zagueiros. A equipe do Nova Iguaçu mostrou ter qualidade e uma aplicação tática invejável, apesar de jogar a maior parte do tempo com 11 homens atrás da bola. Os destaques rubro negros ficaram por conta do dinâmico Thiago Neves e do incansável Wanderley, que mais uma vez, entrou e mostrou que tem estrela. "Madeira que cupim não rói" - o apelido do herói do Hexa se aplica também ao camisa 33 do Flamengo. Com uma raça flamenga, do jeito que a torcida gosta, o atacante fez o gol da vitória e garantiu a festa na estréia do Ronaldo.

Como se não bastasse, Ronaldinho quis brincar um pouco mais com o coração dos milhões de rubro negros que acompanhavam a partida, seja no estádio ou em casa. Após o apito final, em uma belíssima imagem, o craque permaneceu durante algum tempo sozinho, no meio do gramado agradecendo por tudo aquilo. Foi o súdito daquela massa durante alguns segundos. A torcida entendeu e entrou no jogo. Ronaldinho Gaúcho era ovacionado por 40 milhões de torcedores, jovens e adultos, homens e mulheres. Um herói para uma Nação surgia naquele momento. Emocionado, o craque respirou fundo algumas vezes, e a torcida não parava.

A partir daquele momento, o camisa 10 passou a entender o porque daquela frase que ele havia dito, talvez com pouca ambição, ter um significado tão especial. "Flamengo é Flamengo". E o Ronaldinho é Ronaldinho. Ronaldo de Assis Moreira, ou melhor, São Ronaldo de Assis Moreira, o camisa 10 da Gávea, devidamente canonizado.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A todo vapor


Como todos(que acompanham futebol) sabem, ontem(dia 31) foi o último dia para clubes europeus fazerem contratações para esta temporada. Foi um dia bastante movimentado e durante o dia inteiro houve negociações e muitas especulações.
Alguns times se reforçaram, outros perderam jogadores importantes e muitos só observaram. Mas de fato, os clubes que participaram ativamente deste último dia de janela, mostraram estar com os cofres cheios. Seja em dólar, real, euro ou libra, os times gastaram tubos de dinheiro, projetando um fim de temporada produtivo.

As maiores contratações do dia 31, foram justamente de dois times que disputam a Premier League e são eternos rivais. Blues e reds não pouparam esforços e fizeram contratações espetaculares a fim de melhorarem os elencos. Tanto o time de Londres quanto o time da cidade dos Beatles, vinham de um longo(nem tanto) período sem contratar estrelas multimilionárias.
Ambos acertaram em cheio nas contratações que prometem deixar seus elencos(que já são bons), ainda mais competitivos.
O Chelsea fez duas contratações excelentes. Trouxe o atacante espanhol Fernando Torres, que mesmo não estando numa fase tão boa, tem muito talento e futebol. El Niño, como é conhecido no meio do futebol, quer mostrar seu valor(e que valor!) ao bilionário russo Abrahmovic, que pagou os extraordinários 58 milhões de euros ao Liverpool pelo jogador. E o outro jogador contratado pelo time do Chelsea para reforçar o elenco neste fim de temporada, é o zagueiro da seleção brasileira David Luiz. O defensor era um sonho antigo do time inglês que após muita insistência e altas cifras conseguiu tirar o jogador do Benfica. Chega para formar dupla de zaga titular ao lado de Terry.


Já pelos lados de Liverpool, talvez tenham sido feitas contratações menos badaladas do que a de seu rival. Mas não piores. Os reds após perderem Torres, correram atrás no mercado para suprir a ausência de seu principal atacante, e acabaram encontrando Luis Suarez e Andy Carroll. Duas ótimas contratações, ainda mais se tratando de "fim de feira". O clube inglês que recentemente foi comprado por um grupo de investimento americano, mostrou estar de bem com os cofres. Os dois atacantes são ótimos jogadores e se completam em campo. O uruguaio joga mais pelos lados do campo e tem como seu forte a velocidade. E Carroll, tem como sua principal arma, o chute e o cabeceio. Os dois tem tudo para formar um ótimo ataque e fazer com que os torcedores do Liverpool não sintam saudades do agora algoz Fernando Torres.

Outras negociações relevantes do último dia de transferência da janela européia:
-Mauro Formica chega ao Blackburn
-Amauri chega ao Parma

-Yuto Nagatomo chega ao Internazionale

-Santon chega ao Cesena

-Helmes chega ao Wolfsburg

-André chega ao Bordeaux

-Legrottaglie chega ao Milan