1, 2, 3...

Joseph Blatter deve ser reeleito como presidente da FIFA novamente, nesta próxima semana. Mas, será que seu mandato será completo? Há quem diga que não. Recentemente, o jornalista Andrew Jennings disse em seu programa "Panorama", da Rede BBC de Lôndres, que provas derrubarão Blatter e toda a sua  trupe, incluindo o honorário João Havelange. Para isso, investigações sobre lavagem de dinheiro e desvio de verbas dos grandes chefes da história da entidade serão reunidas.  O jornalista britânico contou que, até o processo ser concluído, deve-se passar mais ou menos mais um ano. Quem esfrega as mãos com tudo isso é Michel Platini, presidente da UEFA, que viria forte para disputar o cargo alto da FIFA. Na humilde opinião do redator, Platini seria muito bem vindo. Um chute pra longe, eu espero, na corrupção e nos desvios de interesse que só atrapalham o futebol.

Não para. O Botafogo F.R. anunciou hoje mais um patrocínio para o seu uniforme até o fim de 2011. Será a marca de lubrificantes para carro da companhia Texaco, que estampará as mangas das camisas alvinegras. Além da camisa, o acordo valerá para 25 placas no Engenhão e nos centros de treinamento, camarote de 16 lugares no estádio e duas menções de 30 segundos da marca nos jogos do time. O Botafogo, que em 2008 arrecadava quase R$ 7,5 milhões, agora junta em seu bolso algo em torno de R$ 14 milhões. Nada mal...

Sempre, Flamengo. Confesso que, hoje, essa política já esteja ficando para trás. Mas não totalmente. A velha mania do Flamengo (e de muitos outros times brasileiros) de vender um jogador por qualquer preço e depois, carente na mesma posição, pegá-lo por empréstimo, pagando um preço alto. Carente por jogadores que fortaleçam o elenco para a disputa do brasileirão, o rubro-negro da Gávea espera trazer de volta o volante Aírton. Não é um mal negócio pelo futebol que já apresentou no próprio Flamengo e por ter um meio-campo com Fernando, que é péssimo. Mas essa política de vender pra depois pegar emprestado precisa ser deixada de lado...

Enquanto isso, temo por cornetadas, mas arrisco dizer que  Renato Abreu como segundo volante é apenas uma alternativa de Luxemburgo por não contar com Maldonado e Willians juntos e por não ter espaço do meio pra frente, com Bottinelli jogando muita bola, junto com Thiago Neves e Ronaldinho. Com a chegada de Aírton, acho que o banco espera por Renato.

Com gosto de derrota...

O Flamengo empatou com o Bahia em 3 a 3. Jogou bem, fez jogadas criativas e de qualidade. Parece que o rubro-negro conseguiu encaixar o ataque. Mas somente isso não é necessário. A defesa mal postada nos contra-ataques e em algumas jogadas ressaltou a deficiência do time carioca no setor. Não adianta culpar individualmente Fernando, Jean ou Wellington... O Flamengo, defensivamente, foi péssimo do início ao fim. Peso pesado contra um ataque eficiente. Fecha a porteira, Flamengo!

Em tempo, comentemos dois jogadores de habilidades opostas: Ronaldinho e Egídio. R10 não jogou a mesma bola do jogo contra o Avaí, mas certamente fez uma boa partida. O craque parece estar se soltando mais, como uma criança que, em um primeiro contato, é tímida, mas depois se solta. O Dente resolveu jogar bola. Mais constante e confiante, conduzindo o Flamengo no Campeonato Brasileiro. Já Egídio parece estar se esforçando mais, jogando bem (me arrisco a dizer), e fazendo até gol. Foi só Junior Cesar chegar. Coisas do futebol...

Invencível! Não preciso repetir as palavras de Leandro Garrido a respeito do título e do futebol apresentado pelo Barcelona na temporada 2010-2011. Que fique assim

sem palavras...

Do lado de cá. Já tem gente querendo ver o Santos vencedor da Libertadores da América. Seria para ver um show duplo de Neymar e Messi ou para baixar a bola da equipe santista, em uma eventual vitória catalã?

Mais uma vez quem se sagrou vencedor no fim de semana da F1 foi o alemão Sebastian Vettel. Mas engana-se quem pensa que foi uma corrida monótona. Fazendo justiça à tradição de Mônaco, batidas e trajetos emocionantes. Destaques, além do alemão da RBR, para Kamui Kobayashi, da Sauber e até para Barrichello, que chegou na nona colocação e pontou no campeonato. Felipe massa...bom, Felipe massa mais uma vez não completou a prova. Não se espante se for dito que abandonar a corrida já está virando tradição para o piloto ameaçado da Ferrari.

O fantástico Barcelona de Lionel Messi

"Futebol é simples. O difícil é jogar futebol simples." A célebre frase de Johan Cruijff, o maior futebolista tático da história, nunca foi posta em prática de maneira tão verdadeira e intensa como atualmente. O Barcelona 2010/11 é o maior exemplo de disciplina, objetividade e simplicidade aliadas à técnica e tática. Messi, Xavi e cia constroem o maior time de todos os tempos.

A vitória na final da Champions League, sobre o poderoso Manchester United, só confirmou o que todos sabiam: não existe time que bata de frente à equipe catalã. Não existe e não existiu, no mínimo, nos últimos 20 anos. A aposta era que Sir Alex Ferguson seria capaz de parar os homens de Pep Guardiola. Em vão.

O dinamismo na troca de passes, a fantástica aplicação na marcação e a movimentação dos "blaugranas" transformam o esporte mais popular do planeta na coisa mais simples do mundo. Os United correram no início, muito. Deram um sufoco nos espanhóis que durou apenas 10 minutos. Não foi por falta de qualidade, isso os diabos vermelhos têm de sobra. É porque não dá. Não há condições de jogar de igual para igual contra esse time do Barcelona. Como disse Van der Sar, após o jogo, em sua despedida do futebol: "Os caras são bons demais."

O Barcelona escreve uma nova página do futebol. Um novo capítulo, um novo jeito de se jogar. Nele, não há zagueiros, não há jogadores troncudos, não há deslealdade. Há ginga, há passes, há alegria. A zaga vira meio campo, os laterais viram pontas, os atacantes viram mais atacante do que nunca. O futebol arte que há tempos corria pelos pés brasileiros ganha forma moderna em solo espanhol.

O time parece que joga por música, regida pelo maestro Xavi e com um tenor Messi pronto para chocar todos. O argentino comanda a constelação catalã e melhora a cada jogo, a cada temporada. Os críticos esperam jogos decisivos para chamar "La pulga" de pipoqueiro, mas ele não dá chance. Abate gigantes do futebol com a mesma facilidade que bate nos pequenos. É diferenciado, é artilheiro e é decisivo. Lionel Messi entra fácil na galeria dos melhores de todos os tempos, com apenas 23 anos.

O Barcelona quebra mitos, ritos e o que vier pela frente. É mais que um clube, como seu próprio slogan diz, e serve de vanguarda na nova geração de futebol arte que a Espanha vem mostrando para o mundo. Guardiola apaga a ideia de que não é possível ser campeão jogando bonito e novamente recoloca o país campeão do mundo em evidência. Os investimentos nas divisões de base nos anos 90 fazem efeito e o Barça conquista seu terceiro título de campeão europeu em 5 anos. Mais do que justo para uma instituição vitoriosa, que só tende a crescer, um exemplo para o mundo todo.

Comemore, torcedor catalão. E viva o bom futebol! Acharam o time perfeito.

O primeiro anel de Lebron ?

Quando Lebron "King" James resolveu trocar o Cleveland Cavaliers pelo Miami Heat, ele sabia o que estava fazendo. Deixou para trás um time no qual era ídolo máximo e possuía um elenco mediano para se juntar a outras estrelas e rumar para seu primeiro título.

Por mais que Lebron James seja um dos jogadores mais espetaculares da NBA, o super-craque tinha a noção que mesmo estando no auge de sua forma, seria muito difícil conquistar algum anel com a franquia de Cleveland. E assim, sob muitos protestos e críticas, fez suas malas e voou para Miami.

Chegando à calorosa Miami, Lebron James a princípio, não parecia se sentir em casa. Afinal, o jovem astro tinha uma ligação fortíssima com os fãs dos Cavs e a forma com que os torcedores reagiram a sua saída da franquia, não o agradou. Bobagem pura.

Se o problema inicial era adaptação ao novo time, novo comando e novos companheiros, Dwayne Wade, fez de tudo para o outrora camisa 23, se adaptar ao esquema do Heat. A guerra de egos que os "especialistas" em basquete chegaram a temer, não houve e as duas máquinas aliadas a Chris Bosh começaram a engrenar.

O "The Big Three" fez do Miami Heat, o time mais temido da temporada. Com 3 jogadores fantásticos capazes de decidirem partidas em lances geniais, o primeiro anel de Lebron James, parecia estar bem encaminhado.

Não começaram de forma avassaladora por conta da falta de entrosamento e chegaram a ser questionados por boa parte da imprensa local, se realmente valiam o investimento. E jogo a jogo iam mostrando o porquê de serem os "mais temidos".

Fizeram uma temporada regular bastante eficaz e com momentos de genialidade que os mais entusiastas ousaram(sim, ousaram) em comparar com o famoso trio da década de 90 formado por Pippen, Rodman e Jordan, chegaram aos playoffs com muita moral.

O primeiro desafio do Miami Heat nos playoffs, foi a equipe dos 76ers. Comandados por Wade e Lebron, venceram a série por 4x1 não dando nenhuma chance a franquia da Philadelphia. Após passarem com certa facilidade pelo time de Iguodala, vinha o primeiro grande desafio: Boston Celtics.

A tradicional equipe de Boston, assim com a de Miami, também possuía um trio de respeito liderando a equipe. Porém, Allen, Pierce e Garnett não foram páreos para Wade, Lebron e Bosh. Com um 4x1 que causou até certa surpresa, o time treinado por Erik Spoelstra chegou a finalíssima da Conferência Leste credenciado com a incrível marca de não ter perdido sequer uma partida de playoff em casa. nos confrontos contra 76ers e Celtics.

A série melhor de 7, da final da Conferencia entre Miami x Chicago ainda está acontecendo e atualmente, o placar soma 3x1 para o time de Lebron James. A tendência é a confirmação do Miami na final da Liga, já na próxima partida. Derrick Rose está apático e Lebron James, cada vez mais confiante em roubar o posto de MVP do camisa 1 de Chicago.

O título da temporada será extremamente justo se vier para Miami. Lebron James vem merecendo esta glória mais do que ninguém, e Wade e Bosh, fizeram temporadas maravilhosas. Creio que tenha chegado a hora de Lebron realmente conquistar seu primeiro anel e se juntar aos Reis do basquete mundial. Seu lugar já está reservado King James. Será muito bem vindo!

No limite da transparência

Se não nos mexemos aqui, eles se mexem lá. A emissora britânica BBC, uma das mais respeitadas no mundo, levou ao ar na noite de ontem um programa que revela que o ex-presidente da CBF, João Havelange, e o atual, Ricardo Teixeira, receberam propina da FIFA. A reportagem foi ao ar em horário nobre para o mundo inteiro ver. Um dos maiores escândalos esportivos dos últimos tempos tendo como envolvidos duas figuras icônicas do futebol brasileiro.

Para bem ou mal é irrelevante, o ponto é que a imagem da CBF fica manchada a 3 anos de uma Copa do Mundo. Os dois dirigentes, segundo a reportagem, tiveram que devolver o dinheiro, após uma investigação na Suíça, para não terem seus nomes revelados.

Péssima hora para surgir uma notícia do tipo, apesar de que sempre houve certeza das politicagens sujas do nosso futebol. Na véspera do maior evento esportivo do planeta, aquele velho questionamento vem à tona: dá para confiar em alguma organização política esportiva ? Na CBF, no COI? Ou melhor, já deu para confiar? A resposta é NÃO. Com Caps Lock ligado.

Nem nelas e muito menos na FIFA, uma das entidades menos transparentes do mundo. E tudo apareceu agora, enquanto Blatter faz sua campanha de reeleição, só que a propina não é de hoje. Segundo a matéria, desde a época de João Havelange já corria dinheiro por debaixo dos panos, mas tudo devidamente escondido, dentro da "lei". Ricardo Teixeira, inclusive, teria fechado um acordo com o tribunal suíço para que essas informações não fossem parar na mídia.

O curioso é que não é a primeira vez que isso acontece. Não é a primeira vez que o nome de Teixeira e de Joseph Blatter são envolvidos em fraudes. A polêmica escolha da sede da Copa 2018 ganhou os noticiários mundiais após nota da FA(Federação Inglesa de Futebol), afirmando que membros da FIFA teriam pedido dinheiro em troca do voto. No início, poderia até parecer choro dos ingleses, mas com um projeto tão ousado, seria muito difícil perder para a Rússia, a escolhida. Ou melhor, seria muito difícil não obter mais de um voto. Sim, meus amigos. A Inglaterra ganhou apenas um voto.

Na época, Ricardo Teixeira ameaçou processar a entidade inglesa pelas acusações. E hoje, quem será que ele vai processar? A BBC? Ele nem ousa, aliás, ninguém faz nada. Tanto Ricardo Teixeira, como João Havelange sequer se pronunciaram sobre a séria e verídica acusação da emissora britânica. Não há sequer uma nota concreta no site da CBF.

E enquanto não fizermos nada, não haverá transparência e muito menos mudanças. Como vamos confiar em cartolas que carregam na bagagem mais polêmicas, roubos e acusações do que conquistas para o futebol? Infelizmente, a curto prazo não há saída. Para se ter uma idéia nem se quer cogitamos a ideia de Ricardo Teixeira deixar a CBF, por exemplo. É algo tão distante das possibilidades que só podemos buscar maneiras de se adaptar a tal fato.

E ainda querem preparar um país para uma Copa em 3 anos e meio...Sinceramente, ainda bem que o nosso negócio é dentro das quatro linhas mesmo.

Os selecionados

No início da tarde desta quarta-feira(19/05), o treinador da seleção pentacampeã, Mano Menezes, convocou 28 jogadores para os próximos amistosos do Brasil. A seleção canarinho irá enfrentar a Holanda no dia 4 de junho no Serra Dourada e após quatro dias jogará contra a Romenia no Pacaembu. Jogo que marcará a despedida de Ronaldo Fenômeno dos gramados.

Os jogadores que foram chamados por Mano para estes dois amistosos, são os prováveis atletas que estarão presentes na Copa América. Apenas alguns cortes deverão ser feitos, mas o DNA da seleção que disputará a competição é basicamente o dessa convocação.

Abaixo farei uma análise dos selecionáveis que Mano convocou. Creio que o treinador acertou mais do que errou porém, alguns erros são imperdoaveis.

GOLEIROS

Júlio César : mesmo após falhar na Copa do Mundo e não vir de uma temporada muito boa, tem muita moral com todos os brasileiros. Ninguém duvida de sua capacidade mas creio que não vive a mesma fase de antes. Mesmo assim, é um excelente goleiro e nome certo na seleção.

Jefferson: Indiscutívelmente um dos melhores goleiros do Brasil. É bastante regular e figurinha carimbada na Era Mano Menezes.

Victor: Mesmo sendo criticado por muitos, acho o um excelente goleiro. Acaba de voltar de contusão e creio que não será utilizado pelo treinador nos jogos.

Fábio: Enfim, convocado. Um dos goleiros mais regulares do Brasil, Fábio vive momento brilhante no Cruzeiro e tem tudo para se firmar no time.

LATERAIS

Daniel Alves: Simplesmente, o melhor lateral direito do mundo.

Maicon: A Inter de Milão não fez uma temporada das melhores, o que contribuiu para a queda de produção do jogador. Tem muito potencial e fiquei feliz com sua volta. Rafael terá que aguardar um pouco mais.

André Santos: Questionado por todos da imprensa, o lateral sempre que solicitado na seleção, não decepcionou. Apoia com desenvoltura e é eficiente na defesa.

Adriano: Vem para suprir a ausência do "frágil" Marcelo. Vem para somar.

ZAGUEIROS

Thiago Silva: Chega com muita moral. Eleito o melhor zagueiro do campeonato italiano e chamado de "Messi da defesa" por Allegri, o Monstro dve ser titular da seleção.

Luisão: Assim como Maicon, caiu de produção devido ao fraco desempenho do time em que joga. É um ótimo zagueiro e praticamente invencível nas jogadas aéreas.

Lúcio: Capitão da última Copa, o experiente zagueiro é muito importante para o grupo. Se não tem a mesma mobilidade de antes, raça não falta.

David Luiz: Ofuscado pela contratação de Fernando Torres, o zagueiro brasileiro apareceu de mansinho no Chelsea e foi o destaque do time inglês em diversos jogos. Tem tudo para ser titular ao lado de Thiago Silva. Joga muita bola!

VOLANTES

Lucas Leiva, Ramires, Anderson, Sandro e Henrique : Dos cinco volantes convocados por Mano, quatro atuam no futebol inglês. Este fator será essencial para o jogo contra a Holanda, que possui um meio campo forte e com boa qualidade na jogada individual. Destaco dos 5, o volante Anderson, que após algumas brigas internas com Sir Ferguson, recuperou o bom futebol e vem muito bem nos Red Devils. Para concluir, trocaria Henrique por Casemiro do São Paulo.

MEIAS

Elano: Fiquei bastante feliz quando soube da sua volta para a seleção. Elano vem jogando um futebol de alto nível no Santos e foi o melhor jogador do Brasil na última Copa do Mundo. Nada mais justo que estar presente entre os 28.

Elias: Ele é meia????????

Jadson: Se o Shakhtar fez excelente temporada e apareceu muito bem no cenário mundial, muito deve ser creditado ao baixinho. Bela escolha.

Lucas: Seria muita injustiça não levar o moleque. O grande destaque do time são paulino esse ano e ao lado de Neymar comandou a seleção sub-20 do Brasil no Sulamericano.

Thiago Neves: Grata surpresa! Se R10 não vem jogando a bola que se espera, Thiago vem arrebentando em seu início na Gávea. Artilheiro do Flamengo na temporada, mereceu ser chamado. Vem pra ser titular!

ATACANTE

Alexandre Pato: Mostrou em outras oportunidades que pode ser o camisa 9 da seleção e vive momento fantástico dentro e fora de campo.

Robinho: Reencontrou seu bom futebol no Milan e mereceu ser convocado novamente. Creio que se Mano não escalar o 4-3-3, amargará a reserva para Neymar.

Neymar: O grande nome do futebol brasileiro nos últimos meses. A cada dia que passa seu futebol se aprimora ainda mais. Joga muito!

Leandro Damião: Centro-avante nato. Jogou muito bem contra a Escócia e agradou o treinador brasileiro.

Fred: Jogador muito bom de bola mas não sei se sua convocação veio em boa hora. Fez um bom campeonato carioca mas o Fluminense não arranjou nada nesta temporada e não sei se mereceu voltar. É esperar pra ver.

Nilmar: Não conseguiu ser a estrela do time do Villarreal, da Espanha e foi ofuscado pelo talento de Giuseppe Rossi, desejado pelo Barcelona. Na minha opinião, Hulk merecia a vaga.

$anta ética

O Internacional foi antiético. É a melhor e única frase a ser escrita. O atual campeão gaúcho atravessou a negociação do atacante Gilberto, do Santa Cruz, com o Corinthians. Jogou sujo, baixo e balançou a imagem de um clube que nessa década cansou de servir de exemplo. É claro que houve grande colaboração dos também antiéticos dirigentes do time de Pernambuco, que já tinham um acordo com o presidente corinthiano, Andrés Sanchez, desde março.

Porém, na hora de assinar, veio a ganância. Tudo que já estava apalavrado foi deixado de lado e a proposta de última hora do Colorado pesou. O vôo de Gilberto para São Paulo foi cancelado, os dirigentes alvinegros ficaram chocados e a polêmica foi plantada. Mais um exemplo que ética e futebol não conseguem caminhar lado a lado. Um papelão

Não se pode culpar o atleta e muito menos seu empresário, eles não tiveram voz no caso. O jogador pertence ao Santa, e é o Santa quem decide de quem vai receber o dinheiro. Escolheu o Inter, que foi lá e ofereceu mais, bem mais.

Só que o clube porto alegrense errou ao tomar uma das decisões mais feias do futebol: atravessar a negociação de um clube do mesmo país, da mesma liga e do mesmo porte. Aproveitou todos os dados do pré-contrato do jogador com o Corinthians e montou o seu por cima. Provavelmente deve ter adicionado cláusulas, aumentado o salário, luvas, etc.

Claro que sempre há aqueles que dizem que isso faz parte, que é negócio, que é coisa do capitalismo, que dinheiro é o que vale. É claro que vale, muito, mas não tanto quanto uma palavra, principalmente no futebol. Dinheiro virou algo tão banalizado que qualquer gesto de palavra (e conseqüentemente ética) de um jogador com uma instituição, e vice versa, deve ser valorizado.

O Internacional e o Santa Cruz não foram os primeiros nem os últimos. Tem muito clube grande pelo Brasil que é perito em atravessar negociações. Alguns deles tem até ídolo atual que é fruto de uma negociação desse tipo. O caso do Gilberto é um exemplo forte que ganhou destaque por envolver dois clubes em evidência no cenário nacional no momento, porém, ao mesmo tempo e sem muito alarde, o Fluminense também trabalha por baixo dos panos para trazer Elkesson e Ciro, inicialmente sondados pelo Botafogo.

Acontece, é parte do futebol, não dá pra negar, mas é errado. Dá para evitar, mas do jeito que os cartolas do futebol hoje em dia se comportam, é difícil. É só fechar a boca, confiar informações para poucas pessoas e não sair por aí dando declaração de demonstração de interesse só para aparecer na mídia e fazer média com a torcida.

Agora, após isso tudo, uma pergunta: que time vai um dia querer negociar com o Santa Cruz? Dinheiro você perde e ganha várias vez. Confiança você perde uma, e só. Sem volta.

Time cansado? Acho que não.

O Santos é o novo campeão. Aliás, novo não. Bi-campeão Paulista. O time do litoral paulista de Muricy Ramalho (veja você) conquistou mais um título incontestável, comandado por Neymar e sua trupe. Nem mesmo a reviravolta envolvendo uma possível e absurda ida de Ganso para o Corinthians e as viagens de ida e volta constantes pela Libertadores da América tiraram o foco do elenco santista para o caminho da vitória na tarde deste domingo.

Hoje, em tempos diferentes de futebol, onde jogar duas vezes por semana é muito, o time do Santos vem rompendo as barreiras do cansaço físico e mental e alcançando seus objetivos. Quem irá parar o Santos? O cansaço já mostrou que sozinho não é capaz.

A redenção. O Cruzeiro, eliminado na Taça Libertadores, conseguiu sair para o combate e venceu o seu rival, Atlético Mineiro, conquistando o campeonato mineiro. Dessa forma, a equipe azul celeste entra de maneira mais animada e com os ânimos renovados para a largada do Brasileirão.

Gaúcho com estilo mineiro. Falcão, contestado pela imprensa do Rio Grande do Sul por ser calado e falar somente o necessário a seus jogadores, venceu o Grêmio fora de casa e, nos pênaltis, garantiu o título Gaúcho. A imagem de um campeão colorado faz a diferença. Seu estilo pouco importa, desde que vitórias venham. E, para o torcedor, isso é o que importa.

O novo rei do pedaço. Pedindo licença aos campeões citados acima, entre outros, abro espaço para o centro das atenções no mundo esportivo: Novak Djokovic, que desbancou mais uma vez Rafael Nadal, no torneio Masters 1000 de Roma. Sai da frente!

Pedras no caminho

O Flamengo foi eliminado da Copa do Brasil pela equipe do Ceará. A analisar pela partida jogada no nordeste, a equipe carioca jogou de maneira eficaz e, por duas vezes, chegou ao gol com o (verdadeiro) craque do time, Thiago Neves. O que ficou claro foi que a partida decisiva para a classificação do “vovô” foi a do dia 3 de maio, no Engenhão, quando o time da Gávea não conseguiu fazer valer a soberania. O Flamengo perdeu sem merecer? No futebol, sabemos todos, isso não é um critério que conta muito. Vale mais é o que os deuses da bola decidem, essa é a explicação que se acha.

Mas não se pode somente achar culpados e crucificar jogadores e equipe técnica. O time do Flamengo vem crescendo de maneira expressiva. Logicamente, é uma equipe que tem carências em setores. Reforços viriam para completar um elenco de nível altíssimo. A diretoria errou na dispensa do lateral-esquerdo Juan. Não digo nem só por deixá-lo ir embora. Mas, se fosse dispensar um jogador como ele, deveriam ter trazido alguém de nível igual ou maior, mas nunca inferior ao baixinho canhoto e bastante abusado dentro das quatro linhas. Além da lateral, o time ainda precisa referências na zaga e no ataque. E esperar Vagner Love (que viria apenas em agosto) é besteira. Reforços precisam vir do mercado interno para, em agosto, o time poder desfrutar da companhia de outro craque vindo do exterior.

O técnico Vanderlei Luxemburgo faz um trabalho de estruturação em sua equipe. Ser eliminado é ruim, ninguém gosta, mas faz parte do futebol (e, por favor, rubro-negros, não entrem na discussão da arbitragem, pois não é nem um pouco necessário). No caminho da construção de um time vencedor, constante e sempre competitivo é comum que derrotas e eliminações surjam como obstáculos.

Vale frisar que jogadores com contratos longos são de extrema importância. Pois, o projeto é exemplificado no seguinte aspecto: deve-se enxergar que o novo planejamento do Flamengo é a longo prazo. Portanto, não adianta somente ter jogadores emprestados que terminem seus contratos no meio do ano, abandonando (mesmo que involuntariamente) o time após uma eliminação e deixando ainda mais complicada a temporada e a reestruturação no elenco.

Ao torcedor flamenguista, um recado: Cabe a ele entender que, em uma competição, somente um sairá vencedor. Mas saibam o valor da equipe rubro-negra que, mesmo tendo pontos fracos, vem sendo montada e trabalhada para virar um time forte. Mas não forte somente até o final do ano, forte como um todo, forte e nada mais.

Bom profissional livre. Ronaldo Torres, preparador físico campeão brasileiro pelo Fluminense, deixa o tricolor das Laranjeiras. Quem contratar, garantia de sucesso?

Pensando no futuro. O Flamengo recusou a proposta do Shakhtar da Ucrânia pelo atacante Diego Maurício. Bom para o jogador, que ia passa frio, ver uma chance na seleção passar e cair no esquecimento, como muitos. Não é mesmo, André?

Zeros a mais. Ronaldo assinará um novo contrato com o Corinthians para voltar a campo. Parece brincadeira, mas não é não. O jogador utilizará sua imagem para promover o Timão nos jogos amistosos contra times internacionais. Ronaldo mostra cada vez mais seu novo dom fenomenal: fazer dinheiro com o esporte. Sem mais.

Blablabla

Frases prontas, e respostas evasivas. Entrevistas chatas e algumas até engraçadas pela quantidade de baboseiras ditas. Cada dia que se passa se torna mais comum no futebol os jogadores se prenderem a discursos pré estabelecidos para qualquer (ênfase no qualquer) pergunta que lhe for feita. Porém, na última quarta após a surpreendente derrota do até então organizado Palmeiras 2011 para o Coritiba, o goleiro Marcos, ídolo do time e com sangue alviverde, deu algumas declarações que fugiram do clichê. O pentacampeão afirmou que o time do Palestra entrou totalmente sem vontade, como nunca havia visto antes, e que não havia chance de classificação no jogo de volta. Os torcedores acharam um absurdo escutar isso da boca de um símbolo da instituição e a imprensa, é claro, deu corda e aumentou ainda mais.

Vimos manchetes estampando a vergonhosa atuação da equipe do Palestra, sempre com uma nota falando da "infeliz" declaração de Marcos. Agora, infeliz por que? Ele falou o que pensa, o que todo mundo viu e o que ninguém pode negar. O maior goleiro da história do clube não falou nenhuma mentira, e tem total moral para falar o que bem entender. Ninguém é mais palmeirense que o São Marcos lá dentro. Ninguém.

E não é a primeira vez que ele manifesta sua insatisfação com a equipe após algum jogo. Ano passado, após ter falhado em um gol adversário, afirmou que os torcedores podiam ficar sossegados que sua aposentadoria viria no fim do ano. Esse ano, após a derrota para o Corinthians no jogo seguinte à eliminação dos alvinegros da Libertadores, Marcos disse que só o Palmeiras mesmo para "levantar os caras".

É irreverente e foge do padrão. Com a cabeça muito à frente da maioria dos jogadores de futebol, o goleiro palmeirense enxerga o esporte além do gramado, além do básico. Talvez por isso, aliado à sua técnica, tenha se notabilizado como um dos melhores de sua geração, totalmente com méritos. Sabe quando provocar, sabe quando criticar e quando ficar quieto. Só que muita gente se aproveita e diz que ele é causador nato de crises e afins. Pera lá né.

Antigamente falava-se muito mais coisa e nada acontecia. Em 1982, Zico deu certeza que o Flamengo seria Bi Brasileiro com gol de Nunes, um dia antes da final contra o Grêmio. E não precisa nem ir muito longe para exemplificar: Paulo Nunes, com o mesmo Grêmio, em 1996, após ser campeão da Copa do Brasil em cima do Fla, disse que o time gaúcho conquistaria tudo e que todos tinham que lhes aturar.

Hoje em dia, se um jogador dá uma resposta que fuja do senso comum, ele é duramente criticado, não só pela imprensa. Pelo clube, pelos próprios companheiros e até pela sua família. É um caso chato, não se pode falar o que pensa, não pode dar opinião de nada que te interpretam errado. Um jogador muito perseguido pela imprensa, hoje em dia, por falar o que pensa é o meia Carlos Alberto. Uma pessoa centrada, de gênio forte e que não procura agradar meia dúzia para se dar bem. Fala o que pensa e não está nem aí se vão gostar ou não.

É ruim entrevistar alguém assim? É, mas a imprensa tem que agüentar. Não tem que ficar satisfeita com uma ou duas frases elogiando o "professô" e exaltando a "busca pelos três pontos". Só que esses clichês são o que mais se ouve hoje em dia. O caso do Marcos é apenas um que se destacou em um time grande do nosso futebol. Imagina o que acontece em times de menor expressão, com pouca exposição na mídia?

Tudo isso é natural, é a forma de um atleta responder da forma que lhe convir. É preciso deixar ele falar o que pensa, deixar ele expor opinião, por mais que vá contra todo o senso comum do futebol nacional. Jogadores são seres humanos e tem todo direito de falar o que bem entender. Se vai agradar, não sei, mas não é para ninguém, muito menos a imprensa julgar isso. A fuga do clichê é benéfica, a não ser que queiram que no futuro os jogadores sejam substituídos por máquinas. Todo tipo de robotização futebolística é ruim, tanto em campo, ou fora dele. Futebol é imprevisibilidade, até mesmo nas entrevistas. Fala, Marcão!

Resumão do fim de semana

Não me lembro de ter visto um fim de semana neste ano, tão agitado no mundo esportivo, como este último. Foram diversos jogos maravilhosos em vários esportes e selecionei alguns dos melhores acontecimentos para comentar para o Blog na Rede.

Novak Djokovic x Thomaz Bellucci

Que partida fez o nosso tenista brasileiro! Depois de muito tempo sem ter com quem vibrar, os brasileiros fãs do esporte, parecem ter achado alguém para novamente torcer. Bellucci fez uma excelente partida e no primeiro set soube envolver o tenista número dois do mundo e com uma mão muito pesada venceu o primeiro set com parcial de 6/4.
No segundo, Bellucci continuou muito bem e por falta de experiência e nervosismo pecou e perdeu por 6/4 o segundo set. Já no terceiro, Djokovic parecia estar inteiro enquanto o brazuca demonstrava muito cansaço e um abatimento fora do comum. Resultado final, 6/1 para Djokovic no set final. Os números podem parecer que se tratou de uma partida fácil, mas quem acompanhou o jogo sabe que não foi. Bellucci trouxe ao povo brasileiro esperanças de dias melhores no tênis e quem sabe o surgimento de um novo campeão. Parabéns ao nosso tenista e também ao "sem freio", Djokovic, que com 2 sets a 0 sobre Rafael Nadal, se sagrou campeão do Masters 1000 de Madrid e conquistou sua trigésima quarta vitória consecutiva.

Aposentadoria de Phil Jackson

Para mim, torcedor dos Los Angeles Lakers, doeu demais receber a notícia que Phil Jackson estaria encerrando a carreira. Phil Jackson, para quem não sabe, é o maior campeão da história da NBA com 11 títulos. "Big Phil", foi o treinador do time mais vitorioso da história da NBA, o Chicago Bulls de Jordan e cia. Por onde passou, o comandante fez história e colecionou títulos. O anúncio do fim da carreira do técnico acabou ofuscando a derrota da franquia de Los Angeles por 4x0 sobre o Dallas Mavericks e machucando o coração de todos os apaixonados por esporte.
Na tarde de hoje, o time de Kobe Bryant e cia foi humilhado pelo Dallas por 122 x 86, e tenho para mim que jogaram tão mal, pois sabiam que no ano que vem não estariam mais com seu treinador e aquilo deve ter desanimado o grupo. Phil, merecia depedida melhor e quem sabe com um título. Mas creio que isto não lhe falta, é detentor de 11 anéis e todos sabem de seu valor. Boa sorte Phil, tenho certeza que você sempre estará presente na memória de todos.

Milan é campeão italiano

Após empate com a Roma no sábado, o Milan se sagrou campeão absoluto e com antecedência do Campeonato Italiano. O time rossonero não conquistava a Serie A italiana desde a temporada 2003/2004 e com uma campanha correta e sem muito espetáculo, alcançou seu décimo oitavo scudetto. Os destaques do time de Milão são 3 brasileiros. Thiago Silva fez uma campanha impecável. Jogou com muita seriedade, foi o ponto alto do sistema defensivo do treinador Allegri e mostrou estar a cada dia que passa, mais adaptado ao futebol europeu.
Se TS foi o destaque do setor defensivo do Milan, no setor ofensivo também temos um brasileiro sendo o destaque. Alexandre Pato foi extremamente decisivo para o título italiano, marcando gols em clássicos e aparecendo muito bem sempre que exigido. Tem tudo para se tornar ídolo do time. Barbara Berlusconi que o diga. Agora vamos ao terceiro destaque brasileiro do time: Robinho. Questionado pela mídia, odiado por muitos, mas sempre com um sorriso no rosto, Robinho parece ter reencontrado a alegria de jogar. Após fracassos no Real Madrid e no Manchester City, o ex-santista voltou a jogar um bom futebol e na reta final da competição, foi o grande nome do Milan. Parabéns ao Milan e em especial aos brasileiros, que certamente deram um toque todo especial a festa.

Novamente o Manchester United

Que time! É assim que resumo o Manchester United. Com um treinador que dispensa comentários e com um elenco acima da média, os Red Devils praticamente conquistaram o título do Campeonato inglês na tarde de hoje. Precisando apenas de 1 empate em 2 partidas restantes, o time de Sir Alex Ferguson está prester a passar o Liverpool e se tornar com 19 títulos, o maior campeão inglês. Destaque para o excelente Javier "Chicharito" Hernandez que mais uma vez se mostrou decisivo e fez um gol importantíssimo para a vitória de hoje por 2x1 sobre o Chelsea.

A volta do Mago

O adversário era fraco, o gramado era ruim e o jogo não valia nada. Não valia nada para quase todo mundo. Para Maicosuel valia muito; era sua volta aos gramados. Após quase oito meses sem entrar em campo, o "Mago" alvinegro atuou por 35 minutos e marcou um golaço de extrema habilidade. Muito bom para os alvinegros que sonham com dias melhores. E com Maicosuel, a chance que esses dias cheguem, só aumenta ...

Por que?

Aconteceu o inesperado. O Fluminense foi eliminado da Copa Libertadores da América com uma derrota gorda, de 3 a 0, para o Libertad, do Paraguai. E, como de costume, quando há eliminação, sempre aparecem causas como pontos-chave para a tragédia.

Mas vamos ao fato. O Fluminense desde o início da crise de Muricy Ramalho, fechou seus olhos para o mercado interno de treinadores e viu na solução para todos os problemas Abel Braga. A princípio, ótima escolha. Afinal de contas, quem não deseja um técnico campeão do mundo em cima de nada mais nada menos que o Barcelona? Mas o problema central é que Abel só virá na metade do ano.

Assim, o tricolor espera seu técnico importado até agora. Muitas coisas já aconteceram, pedras já rolaram e, definitivamente, essa  não foi uma escolha válida para o time.

A temporada brasileira é nitidamente dividida em duas. Uma ate o meio do ano e a outra logo após a janela de transferência, em agosto. É como se tivéssemos o nosso apertura e clausura. E o Fluminense não podia ter brincado de técnico com o Enderson Moreira. Afinal de contas, nós não sabemos o que acontece por trás dos panos (como mesmo Emerson, o “Sheik”, disse, Fred é quem escala o tricolor. Fato do qual não duvido nada). Quem escala realmente os jogadores? Por que tirar He-Man e não Fred durante a partida contra o Libertad, se quem jogou como um poste foi o atacante mineiro?

O Fluminense pecou ao esperar Abel Braga. Apostou no vazio período de mais de três meses ao invés de pegar um treinador que fosse dar uma cara ao time, uma nova identidade. Alguém que fosse ter voz com o grupo, como Joel Santana, por exemplo, que já andava na corda bamba pelos lados do Botafogo. Convenhamos que muitas coisas até poderiam ser evitadas, como até o imbróglio envolvendo a saída de Emerson das Laranjeiras, fazendo ele falar um bando de baboseira contra o tricolor. Esse foi o preço que se pagou pela vaidade de querer importar um treinador de alto patamar do mercado internacional, mas com um frete demorado e com um valor alto demais.

E o Cuca? Que papelão! Manchou a imagem do Cruzeiro na Libertadores! O Cruzeiro foi eliminado e não manteve sua postura, com aquele time que goleava todos os adversários...ou melhor, quase todos. Na hora H, não foi capaz de vencer o Once Caldas e continuar vivo na competição, não fez o papel de casa. Nessas horas podemos puxar para outra questão. E que tal falarmos do Flamengo? Um time que, há muito tempo, vem sendo contestado por seu estilo de jogo em cima de resultado. Até agora venceu tudo, mas não agradou por não dar show. Muitos são os que falam “time bom é o do Cruzeiro, que goleia todo jogo! O Barcelona do brasil”. Pois é. Parece que o detalhe é apenas um Messi em campo e um Pep Guardiola fora das quatro linhas.

A ironia da Libertadores. O único time que sobreviveu na Libertadores foi o treinado por aquele que não sabe jogar mata-mata, que é...Muricy Ramalho.

Um verdadeiro camisa 9

Mesmo com jogadores renomados como Cavenaghi e D'Alessandro, o destaque do Internacional este ano vem sendo o jovem Leandro Damião. O atacante chegou de mansinho e aos poucos foi conquistando uma vaga na equipe titular do Colorado. Com ótimo porte físico e faro de gol, o jogador é o artilheiro do time na temporada.


A média de Damigol( apelido dado pela torcida do Inter) nesta temporada é superior a de 1 gol por partida. Com um retrospecto de dar inveja a qualquer camisa 9, Leandro Damião é o artilheiro do Campeonato Gaúcho e o quarto na Copa Libertadores da América. Com 19 gols na temporada em 18 jogos, Damião vem sendo apontado como uma das maiores jóias do futebol brasileiro.


Suas ótimas exibições com a camisa do time gaúcho, chamaram atenção do técnico da seleção brasileira Mano Menezes, que o convocou para o amistoso contra a Escócia. Logo em sua estreia com a camisa canarinho, Damigol usou a camisa 9 e foi titular da equipe participando ativamente do jogo.


No ranking que a IFFHS disponibilizou ontem o atacante aparece em 37° no ranking de jogadores que mais marcaram em competições internacionais. E segundo dados do site Footstats, é o jogador brasileiro que mais tentou o gol na Libertadores com média de 4,3 finalizações por partida. Com este alto número de tentativas e um aproveitamento magnífico, Damião tem grandes chances de manter a incrível média.


Parabéns ao Colorado. Após colocar no cenário Nilmar, Rafael Sobis e Alexandre Pato vem dando espaço a mais um grande atacante: Leandro Damião.

A mística flamenga

Os dois times entraram em campo com os nervos à flor da pele, mas se respeitando. Nos primeiros minutos, via-se muita luta e uma fantástica aplicação tática. O Vasco, bem postado defensivamente, explorava os contra-ataques pela lateral do campo com o veloz Éder Luis. O Flamengo, um pouco mais desorganizado que o rival, criava uma ou outra jogada com toques rápidos e dinamismo nas trocas de posição. Após a parada técnica, o rubro negro voltou melhor, e dominava as ações no meio do campo, apesar de não oferecer muito perigo ao gol de Prass. Com pouca ousadia e muita precaução, a etapa inicial terminou sonolenta. Um primeiro tempo monótono que não correspondeu ao que o "Bonde do Mengão Sem Freio" e o "Trem Bala da Colina" apresentaram no campeonato.

Na volta do intervalo, o jogo melhorou. Os jogadores passaram a arriscar mais e Ronaldinho quase se consagrou novamente com uma belíssima cobrança de falta. A lembrança de Petkovic estava viva na memória dos rubro negros antes de Fernando Prass se esticar e realizar a melhor defesa da partida. Com o time melhor, o Flamengo começou a esboçar uma leve pressão nos primeiros 15 minutos. O Vasco não jogava, e rifava as bolas sempre que podia. Ricardo Gomes viu que a ligação direta não seria a solução e botou Bernardo, mas antes disso, Luxemburgo havia sacado Bottinelli, o melhor em campo, para entrada de Fierro. Belíssima cartada de Gomes, péssima de Vanderlei.

A equipe cruzmaltina subiu muito de produção, e a partir daí, começou a tomar conta do jogo. Avançou seu meio campo, arrumou a marcação na zaga e encontrou duas avenidas pela direita e pela esquerda. Galhardo e Alvim não estavam em um bom dia, e sem cobertura, quase foram o caminho da vitória vascaína. Só que, a falta de um atacante com mais qualidade e a primorosa atuação de David Braz e Wellinton seguraram o Trem Bala.

No final do jogo, foi mais na base da vontade. Enquanto o Vasco, que precisava da vitória para forçar a final, partia para cima, o Flamengo recuou. Muito até. A torcida, irritada com Luxemburgo, quase gritou "é campeão" em um belo chute de Thiago Neves, após rebote da zaga.

Com o coração na ponta da chuteira e a equipe cruzmaltina melhor no jogo, sobrou emoção até o apito final, mas alguns, exageraram na dose. No último lance do jogo, após falta claríssima de Willians em Alan, os dois jogadores discutiram feio e o árbitro Luis Antônio Silva corretamente mandou os dois para o chuveiro.

Fim de papo, fim dos 90 minutos. Novamente, o Campeonato Carioca iria ser decidida em uma disputa de pênaltis. Para o Flamengo pode até ter sido um alívio, para o Vasco, não. Das últimas 10 disputas, levando em conta todas as competições, a equipe de São Januário venceu 3 e perdeu 7, enquanto a equipe da Gávea soma 8 vitórias, contra 2 derrotas. O retrospecto era favorável ao rubro negro, que fez por onde. De quatro cobranças, acertou três, contra apenas uma do rival.

Thiago Neves, o melhor da temporada até então, fechou a série e correu para o Bonde, confirmando mais uma vez a superioridade do clube no Rio de Janeiro. O Flamengo chegou ao seu 32º título regional, o quinto de forma invicta. Um belíssimo trabalho de Vanderlei, com alguns momentos de desconfiança durante a competição, mas com muita dedicação e vontade. Um bom time não se constrói em 3 meses, é verdade, mas um time campeão se constrói em segundos. Uma campanha "flamenga" que entrou para a história. O ano não acabou, mas o aproveitamento até agora é 100%: Copa São Paulo de Futebol Junior, Taça Guanabara, Taça Rio e Carioca. Invicto, com vontade, com raça, com o inesperado e principalmente com alegria. Do jeito que a Nação gosta, mas sem freio. Totalmente sem.