domingo, 7 de novembro de 2010

O melhor time de todos os tempos da última semana


Há mais ou menos um ano, o Flamengo do então técnico Andrade voava no Brasileirão. Vitórias empolgantes, sistema defensivo sólido, belíssimos destaques individuais e uma pergunta: "exagero falar em Hexa?" Pois bem, naquele dia 6 de dezembro, Ronaldo Angelim, a madeira que cupim não rói, respondeu em alto e bom tom: NÃO!

O grupo rubro negro do ano passado ajudou a construir um dos capítulos mais bonitos da história do Clube de Regatas do Flamengo. Porém, de lá pra cá, muita coisa mudou. E a magnética, torcida cascuda acostumada a ganhar tudo, sofre com um dos anos menos "flamengo" de todos.

No início de 2010, dois dos símbolos da arrancada ao título deixaram o clube. Zé Roberto voltou para a Alemanha e com ele, levou embora o melhor lado esquerdo nacional de 2009 juntamente com o polivalente Everton, que fechou com o Tigres do México. Airton também saiu, e a defesa perdeu toda sua imponência.

Para alegrar os torcedores sedentos por um companheiro de ataque para Adriano, a diretoria investiu na contratação de Vágner Love. Garra, vontade, determinação, técnica e instinto - O artilheiro do amor em cinco palavras. O maior achado individual de 2010.

Porém, a chegada de Vágner também teve um fator negativo. O Flamengo foi obrigado a mudar seu estilo de jogo para se adaptar à sua nova dupla de ataque, e aí...se perdeu. O time não se encontrou, não conseguiu ter equilíbrio e se mantém refém até então.

O esquema de jogo da equipe no primeiro semestre se baseava em bolas alçadas de qualquer maneira para Love e Adriano resolverem. E resolviam. Eram jogadores acima da média que se destacavam sem precisar fazer muito esforço. O problema é que lá atrás, as coisas ainda não estavam perfeitamente encaixadas.

O rápido lado direito com Léo e Willians não funcionava mais. O lado esquerdo ficou nulo sem Zé. O "ferrolho" do meio virou peneira a partir do momento em que faltava Airton, Maldonado ou qualquer jogador para servir de referencia na cobertura. Petkovic não conseguiu ser metade do que foi em 2009, e os que tentaram fazer sua função, como Kleberson e Pacheco não renderam o suficiente.

O problema tático que fora resolvido por Andrade em 2009, virou o maior dos problemas rubro negros de 2010. O time, mal acostumado, parecia acreditar que poderia vencer qualquer jogo a qualquer instante, assim como fizeram na caminhada rumo ao Hexa. Mas não foi bem assim, e no segundo semestre a coisa piorou. As coisas mudaram, Adriano não pôde mais pegar a bola, levar para a perna esquerda e decidir. Petkovic não fez mais gol olímpico nos primeiros quinze minutos de uma partida, contendo o "abafa" do time adversário.

Com a chegada de Luxemburgo, as chances de uma melhora tática significativa no ano que vem são claras. O time do final de 2009 foi um dos melhores da história da Gávea, mas como todo time bom e vitorioso, quando desmanchado, deixou grandes feridas. É hora de mudar, é necessário mudar. O Flamengo não vai ser o "atual campeão brasileiro" todo o ano.

Um comentário:

  1. Curti muito a última frase do seu post Leandro. Falou e disse irmão.

    Abraço e saudações ...

    ResponderExcluir