
Se não nos mexemos aqui, eles se mexem lá. A emissora britânica BBC, uma das mais respeitadas no mundo, levou ao ar na noite de ontem um programa que revela que o ex-presidente da CBF, João Havelange, e o atual, Ricardo Teixeira, receberam propina da FIFA. A reportagem foi ao ar em horário nobre para o mundo inteiro ver. Um dos maiores escândalos esportivos dos últimos tempos tendo como envolvidos duas figuras icônicas do futebol brasileiro.
Para bem ou mal é irrelevante, o ponto é que a imagem da CBF fica manchada a 3 anos de uma Copa do Mundo. Os dois dirigentes, segundo a reportagem, tiveram que devolver o dinheiro, após uma investigação na Suíça, para não terem seus nomes revelados.
Péssima hora para surgir uma notícia do tipo, apesar de que sempre houve certeza das politicagens sujas do nosso futebol. Na véspera do maior evento esportivo do planeta, aquele velho questionamento vem à tona: dá para confiar em alguma organização política esportiva ? Na CBF, no COI? Ou melhor, já deu para confiar? A resposta é NÃO. Com Caps Lock ligado.
Nem nelas e muito menos na FIFA, uma das entidades menos transparentes do mundo. E tudo apareceu agora, enquanto Blatter faz sua campanha de reeleição, só que a propina não é de hoje. Segundo a matéria, desde a época de João Havelange já corria dinheiro por debaixo dos panos, mas tudo devidamente escondido, dentro da "lei". Ricardo Teixeira, inclusive, teria fechado um acordo com o tribunal suíço para que essas informações não fossem parar na mídia.
O curioso é que não é a primeira vez que isso acontece. Não é a primeira vez que o nome de Teixeira e de Joseph Blatter são envolvidos em fraudes. A polêmica escolha da sede da Copa 2018 ganhou os noticiários mundiais após nota da FA(Federação Inglesa de Futebol), afirmando que membros da FIFA teriam pedido dinheiro em troca do voto. No início, poderia até parecer choro dos ingleses, mas com um projeto tão ousado, seria muito difícil perder para a Rússia, a escolhida. Ou melhor, seria muito difícil não obter mais de um voto. Sim, meus amigos. A Inglaterra ganhou apenas um voto.
Na época, Ricardo Teixeira ameaçou processar a entidade inglesa pelas acusações. E hoje, quem será que ele vai processar? A BBC? Ele nem ousa, aliás, ninguém faz nada. Tanto Ricardo Teixeira, como João Havelange sequer se pronunciaram sobre a séria e verídica acusação da emissora britânica. Não há sequer uma nota concreta no site da CBF.
E enquanto não fizermos nada, não haverá transparência e muito menos mudanças. Como vamos confiar em cartolas que carregam na bagagem mais polêmicas, roubos e acusações do que conquistas para o futebol? Infelizmente, a curto prazo não há saída. Para se ter uma idéia nem se quer cogitamos a ideia de Ricardo Teixeira deixar a CBF, por exemplo. É algo tão distante das possibilidades que só podemos buscar maneiras de se adaptar a tal fato.
E ainda querem preparar um país para uma Copa em 3 anos e meio...Sinceramente, ainda bem que o nosso negócio é dentro das quatro linhas mesmo.
COI e CBF são comandadas por pessoas totalmente diferentes, com principios e conceitos diferentes.
ResponderExcluira cbf e o coi serem comandadas por pessoas diferentes nao muda nda do fato
ResponderExcluirotimo post