sábado, 25 de junho de 2011

110 anos em 90 minutos


E o River Plate chega ao limite. Os Milionários jogam a permanência na Primeira Divisão amanhã, contra o Belgrano, pela Promoción do Campeonato Argentino. Nos últimos anos, as pífias campanhas do gigante argentino o levaram, enfim, para a temida repescagem da competição

O desespero era sempre adiado. A confiança de uma melhora no ano seguinte era real, mas nunca acontecia. A ida à repescagem foi um tapa na cara daqueles que acreditam no mito do “time incaível”. Na primeira partida, o River perdeu para o Belgrano por 2x0 e se complicou de vez. Drama argentino é sempre mais intenso: o River Plate caminha para a partida mais importante da sua história.

O jogo de amanhã nos faz refletir a respeito da inconstância no futebol. Diversos clubes passam por períodos vitoriosos e por outros ruins. Mas no fundo, na essência, eles continuam sendo grandes. Os Milionários foram gigantes e tiveram nos anos 90 seu ápice com uma libertadors, 7 nacionais e uma supercopa. O Vasco também foi vitorioso na década retrasada e enfrentou o pior momento da sua história a partir de 2002.

Os torcedores do River Plate precisam entender que o rebaixamento não é o fim do mundo. É um choque na gestão, uma mudança forçada de filosofia de trabalho. Quase sempre ajuda mais do que atrapalha, só que mancha a história, obviamente.

Palco de tantas conquistas, o Monumental de Núñez vai receber o jogo mais elétrico da sua história. A luta do River contra rebaixamento é também a luta para manter a tradição de um dos maiores clubes da América do Sul. A pergunta na Argentina nesse momento é só uma: El mas grande sigue siendo River Plate?

Nenhum comentário:

Postar um comentário