
Há alguns meses atrás, no início da temporada, se discutia qual era o melhor time do Brasil. Flamengo, Cruzeiro, Santos, Coritiba, todos esses eram citados com muita convicção, só que, nenhum deles estava realmente pronto. Nenhum deles podia afirmar que era capaz de bater de frente com qualquer equipe do cenário nacional. Nenhum time brasileiro, a não ser o São Paulo, que, ao aliar juventude à técnica, construiu um equilibro inédito no primeiro semestre, e que vem dando fruto agora. Carpegiani, apesar dos pesares, fechou o elenco, viu Lucas despontar e transformou o tricolor paulista no melhor time do Brasil.
No torneio regional, a participação foi decepcionante. Começou a mil por hora mas foi caindo de produção, e diversos conflitos, internos e externos, não deixaram o trabalho bem feito colocar em prática a forma que a equipe que havia ganho.
A turma do amendoim(licença poética para os palmeirenses) do Morumbi prejudicou, mais uma vez, o rendimento de uma equipe do SPFC. Erroneamente , a diretoria foi na onda e quase fez uma besteira federal ao "demitir" Carpegiani. O técnico se manteve, e não perdeu mais.
O São Paulo era o favorito da Copa do Brasil. Mesmo com as campanhas de Coritiba e Vasco, a taça tinha mais chances reais de parar na capital paulista. Em um jogo atípico, o Avaí derrubou o tricolor na Ressacada. Resultado de certa forma surpreendente que eliminou Lucas e cia da competição.
Alí, as coisas pareciam que iam desandar. A falta de visão de mercado de Juvenal Juvêncio quase enterrou o São Paulo. Mas a comissão técnica foi mantida, e o time se fechou.
Hoje, o SPFC pode dizer que se não é o melhor time do Brasil, é o mais pronto. O clube colhe os frutos de um planejamento que começou ano passado, ainda no Brasileiro, quando o clube estava no meio da tabela, torcendo para o ano acabar. Com um Lucas endiabrado, um Rogério seguro, como sempre, e um meio campo extremamente voluntarioso liderado pelo jovem Casemiro, o time apresenta um futebol vistoso e bonito de se ver.
Carpegiani conseguiu mudar uma filosofia que vigorava pelos ares são paulinos desde a saída de Muricy, em 2009. O jogo ofensivo passou a ser mais valorizado e o camisa 10 da equipe passou a ter mais notoriedade que o zagueiro. Santa mudança.
Cinco jogos, cinco vitórias, e três delas fora de casa. Um recorde no campeonato de pontos corridos que pode fazer muita diferença lá na frente. Ainda é muito cedo para falar de favoritismo, mas uma coisa é certa: o tricolor paulista vem forte na briga pelo título, mais uma vez.
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